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Estado

Foto: Divulgação

A manhã desta quarta-feira, 9, foi marcada pelo protesto que parou a BR-242, em frente ao Complexo Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães, oeste da Bahia. Agricultores e caminhoneiros se uniram em um ato cívico contra os impostos abusivos que oneram ainda mais o setor agropecuário.

Entidades do agronegócio da região, como a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), participaram do ato pacífico que cobrou do Governo Federal uma avaliação sobre os altos impostos, a exemplo do aumento dos combustíveis e da volta da cobrança do Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural (Funrural).

Para o produtor rural e vice-presidente da Aiba, Luiz Antônio Pradella, as altas tributações, que incidem sobre o agronegócio, prejudicam não só a categoria, mas o país como um todo. “Todos os setores da economia e, principalmente o consumidor, acabam sofrendo com o aumento dos impostos. Por isto, estamos aqui hoje, para mostrar para a população da região e também do Brasil, a importância do governo rever essas tributações para que a atividade possa continuar a produzir e gerar emprego e renda para o país”, destacou Pradella.

Outra demanda dos agricultores da região diz respeito ao Funrural. A Medida Provisória 793/2017, publicada no dia 01 de agosto, institui o Programa de Regularização Tributária Rural (PRR) que trata do pagamento das dívidas acumuladas pelos produtores rurais pessoas físicas pelo não pagamento da Contribuição Social Rural (Funrural). “Nós, como produtores e empresários, sabemos e não queremos fugir das nossas obrigações. Queremos apenas que o governo seja justo com o setor. Por isto, concordamos que a MP deve ser modificada e apoiamos o Projeto de Resolução no Senado (PRS) n.º 13/2017 que está em votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal”, advertiu o vice-presidente da Aiba.

A presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM), Carminha Missio, que também participou da manifestação, ressaltou a importância da união entre as entidades. “Os líderes do agronegócio precisam se unir para que as demandas e as contas cheguem ao Governo Federal. Só assim conseguiremos que as alíquotas sejam revistas”, lembrou Carminha.

O protesto seguiu ao longo do dia no local. Carros pequenos não foram parados, apenas os caminhões foram convidados a aderir ao manifesto.