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Marcelo Miranda enfatizou a necessidade de se tomar ações práticas para combater o narcotráfico

Marcelo Miranda enfatizou a necessidade de se tomar ações práticas para combater o narcotráfico Foto: Pedro Barbosa

Foto: Pedro Barbosa Marcelo Miranda enfatizou a necessidade de se tomar ações práticas para combater o narcotráfico Marcelo Miranda enfatizou a necessidade de se tomar ações práticas para combater o narcotráfico

Para o governador do Acre, Sebastião Viana, "o narcotráfico é a grande ameaça do Brasil". O posicionamento de Viana teve grande repercussão na 15ª reunião do Fórum de Governadores da Amazônia Legal, obtendo ampla discussão e o apoio do governador  do Tocantins, Marcelo Miranda. Programada para ocorrer logo cedo nesta sexta-feira, 11, o horário e a programação da reunião foram alterados porque os governadores acompanharam o presidente Michel Temer em inaugurações em Lucas do Rio Verde (MT).

O encontro dos governadores teve início somente às 13 horas (horário local e 14 horas em Brasília) e foi realizado no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá (MT).

A tomada de ações práticas para combater o narcotráfico foi uma das justificativas dos governadores para buscar apoio junto ao Governo Federal, no sentido reforçar a segurança nas fronteiras entre os estados amazônicos, especialmente nas de ligação direta com a Bolívia, Argentina e Colômbia. "Mesmo não fazendo fronteira direta com esses países, sabemos que essa demanda se faz urgente", disse o governador Marcelo Miranda ao mencionar que 80% das prisões na região decorrem do narcotráfico.

“As fronteiras estão abertas na Amazônia brasileira para a pressão do narcotráfico. Quando o governo americano investiu 1 trilhão de dólares em cooperação com a Colômbia, e tirou a grande produção mundial do narcotráfico da Colômbia, esta se deslocou para o Peru e para a Bolívia; e ela pressiona os nossos estados da Amazônia. E a prioridade é o combate ao narcotráfico”, pontuou o governador Sebastião Viana.

Consórcio

"Estamos nos consolidando por meio de um instrumento jurídico", lembrou o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, anfitrião do encontro. Os encaminhamentos necessários para a instituição do Consórcio Amazônia Legal, tratados no último encontro, voltaram à pauta nesta edição. O instrumento tem como finalidade somar esforços para reforçar ações de uso sustentável dos recursos naturais na Amazônia. "Desta vez, avançamos na redação do Estatuto. Com o Consórcio efetivado, iniciaremos as ações e projetos conjuntos", disse Marcelo Miranda, acrescentando que o próximo passo é a aprovação do projeto de lei autorizando a participação dos Estados. "O do Tocantins já se encontra na Assembleia Legislativa para apreciação", adiantou o governador. 

Na opinião de Pedro Taques, a sustentabilidade ambiental, econômica e social são os principais motivos que unem os chefes de estado no Fórum. "Todos nós temos pontos a serem demonstrados, seguidos e, principalmente, problemas comuns a serem superados", disse. Ele ressaltou a vontade política em resolver essas demandas, independentemente de posições e partidos políticos dos gestores envolvidos.

Carta de Cuiabá

Os acordos e deliberações dos governadores encontram-se redigidos na Carta de Cuiabá. O documento resulta das discussões e deliberações defendidas na quinta-feira, 10, pelas Câmaras Temáticas da Administração, Meio Ambiente,  Comunicação e Segurança. Nelas, o Tocantins foi representado, respectivamente, pelos secretários David Torres, Meire Carreira, Kênia Borges e pelo delegado Guilherme Martins, da Segurança Pública.

Integrantes

Além do Tocantins, o Fórum de Governadores da Amazônia Legal é composto pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima. A 16ª edição do Fórum ocorrerá no Estado do Acre, dia 27 de outubro, e será preparatória para a COP 23 (Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas), programada para o mês de novembro, na Alemanha.