As centrais sindicais presentes no Tocantins realizaram, nessa sexta-feira, 10 de novembro, mobilização contra a retirada de direitos dos trabalhadores pelo governo federal. O movimento foi organizado em conjunto pela Força Sindical, Central Pública, CTB (Central Brasileira dos Trabalhadores), CUT (Central Única dos Trabalhadores), Nova Central e UGT (União Geral dos Trabalhadores).
O ato na Capital ocorreu na frente da agência da Caixa Econômica Federal, na quadra 104 Sul, avenida SE-01. Os bancários da agência apoiaram o movimento, mantendo a unidade fechada até às 12 horas.
A pauta principal das centrais focou na contrariedade à nova Lei Trabalhista, que precariza as relações de trabalho abrindo espaço para aumento de jornada, diminuição de horário de almoço, redução de férias, entre outros pontos. A lei entra em vigor neste sábado, 11 de novembro.
Os sindicalistas também atacaram os desmandos no Governo Federal, envolvido em várias denúncias de corrupção; a política de preços de combustíveis da Petrobras com reajustes quase semanais; a prática de juros abusivos por parte do sistema bancários sem qualquer contrariedade do governo e a proposta de Reforma da Previdência.
“Estamos vendo ataques aos nossos direitos por parte de todos os lados. O governo cada vez mais tira do trabalhador e poupa os grandes. Não se faz reformas prejudicando apenas a parte mais pobre”, ressaltou o presidente da Força Sindical-TO e da Fesserto (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos do Tocantins), Carlos Augusto Melo de Oliveira, dizendo que é o momento dos trabalhadores reagirem.
A alteração da lei de trabalho escravo, que permite abusos por parte dos empregadores praticamente sem qualquer punição, foi amplamente atacada também. “O Brasil está indo contra tudo aquilo que está sendo feito no mundo. Enquanto os mecanismos de combate a ao trabalho escravo ou análogo a escravidão estão sendo aperfeiçoados em todo o planeta, nós estamos andando para trás, em um retrocesso inadmissível”, frisou o diretor-tesoureiro da Fesserto, José Ronaldo dos Santos.
Gasolina
Entre as políticas mais nocivas do Governo Federal que os líderes sindicais estão combatendo, está a nova forma de gerir os preços de combustíveis da Petrobras, que vem provocando reajustes sucessivos nos preços semanalmente. “Há uma disparada nos preços que cada vez faz mais mal aos trabalhadores. Isso é inadmissível em um país produtor de Petróleo como o nosso. Em Palmas, já estão vendendo a gasolina a mais de R$ 4,30”, frisou o José Ronaldo.
Para as centrais, o atual governo, recheado de casos de corrupção, não tem qualquer legitimidade para fazer reformas como pretende, ainda mais cortando apenas do lado mais fraco.