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Educação

Foto: Elias Oliveira

Incentivar os estudantes a utilizarem a robótica para criar soluções para problemas do dia a dia é um dos objetivos da I Oficina de Introdução à Robótica Educacional promovida pela Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc). O encerramento da oficina, que foi realizada em cinco etapas, aconteceu nesta segunda-feira, 18, em Palmas, com a participação de estudantes de quatro unidades de ensino da Capital: Escola Estadual Frederico José Pedreira Neto, Colégio da Polícia Militar, Escola Estadual Madre Belém e Colégio Estadual São José.

Reduzir o consumo de energia elétrica foi o objetivo do projeto dos alunos da Escola Estadual Madre Belém. “Com os resultados desse experimento criado na oficina de robótica, calculamos que seja possível diminuir cerca de 20% de gasto com energia na nossa escola, apenas fazendo uma programação para que as luzes sejam apagadas em determinados horários do dia”, explicou o estudante Jorge Lucas Franco.

Para o estudante Gustavo Coelho, da Escola Frederico Pedreira, a iniciativa é uma forma de estimular a criatividade dos educandos e uma oportunidade de revelar jovens talentos nas áreas e programação. “Fomos desafiados a pensar em como poderíamos utilizar a robótica para ajudar outras pessoas e nós mesmos em diversas situações. Foi uma experiência muito boa e que todas as escolas deveriam utilizar. É algo que nos motiva a buscar o conhecimento nestas áreas e é também uma chance para a descoberta de gênios que estão escondidos na escola e que podem seguir carreira profissional a partir disso”, enfatizou. Ele e a equipe construíram um “Quiz Literário”, um dispositivo pensado para auxiliar nas aulas de português. 

A oficina é resultado da parceria entre a Gerência de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação, do Programa Jovem em Ação e Programa Ensino Médio Inovador. O objetivo da oficina é mostrar que a robótica educacional pode ser trabalhada nas escolas públicas do Tocantins, auxiliando na prática pedagógica e reforçando a aprendizagem dos estudantes.

Segundo o educando Carlos Eduardo Pereira de Souza, da Escola Estadual Madre Belém, a iniciativa é uma forma de oferecer novas possibilidades de aprendizado. “Já tinha interesse em robótica, programação, mas são cursos caros, que eu não teria outra oportunidade de fazer por conta própria. Estou muito empolgado e motivado para replicar para os colegas tudo que aprendemos aqui”, revelou.

Clubes de Protagonismo

Essa multiplicação do conhecimento é uma das próximas ações propostas pela Seduc. Nas Escolas Jovem em Ação que ofertam o ensino médio em tempo integral (Colégio da Polícia Militar e Escola Estadual Madre Belém) essa propagação se dará por meio dos Clubes de Protagonismo Juvenil, um dos diferenciais dessas escolas. “A intenção é utilizar as boas práticas dessas oficinas para fomentar disciplinas eletivas e clubes de protagonismo ligados a estas áreas”, explicou Danilo Machado Fulgêncio, técnico do Programa Escola Jovem em Ação.

Competição

Além de aprenderem o processo de criação e desenvolvimento dos experimentos, as equipes também participaram de diversas atividades durante cinco semanas e fizeram uma disputa pelos melhores projetos.  Quem levou a melhor na competição foram os integrantes do Colégio Estadual São José, que criaram um dispositivo para auxiliar idosos e pessoas com dificuldade de mobilidade.  “É um sensor que permite, por exemplo, acender uma luz assim que a pessoa levanta da cama, sem que ela precise ir até o interruptor. Pensamos nos idosos, mas também pode ser usado no quarto de crianças pequenas”, exemplificou a estudante Fernanda Mascarenhas.

O público da terceira idade também foi a inspiração para os projetos do Colégio da Polícia Militar.  A primeira equipe desenvolveu um robô que emite alerta sonoro para lembrar o horário em que os remédios devem ser tomados. “Quem tem Alzheimer, por exemplo, não consegue memorizar coisas simples assim. Com o alarme ele vai saber que está na hora. Isso pode facilitar a rotina de quem tem problemas de memória”, explicou a estudante Beatriz Mendes. O outro projeto do colégio é um sensor de luminosidade. “Além da praticidade de não precisar se deslocar até o interruptor, é um jeito de economizar energia, porque a luz só será acesa quando realmente houver necessidade”, disse o aluno Paulo Victor Gellen.

Para a gerente de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação da Seduc, Iveti da Silva Bacri, o resultado da oficina superou as expectativas da organização. “Essa foi uma iniciativa que ultrapassou os muros das escolas, que envolveu alunos, professores, familiares em busca da solução de problemas comuns com o uso da tecnologia em favor da sociedade. A nossa intenção foi mostrar como a robótica pode ser trabalhada nas escolas públicas, auxiliando na prática pedagógica e reforçando a aprendizagem dos estudantes”, frisou.

Participantes

Equipe do Colégio da Polícia Militar: Beatriz Gomes Carneiro Mendes, Karlus Henrique Santos de Lima, Maria Vitória Queiroz Marques, Paulo Victor Bido Gellen , Thaisla Amaro Resplandes, Alexsandro Messias Cruz Duarte e Cláudia Pedrosa de Oliveira. Do Colégio Estadual Madre Belém participaram: Marco Antonio Souza, Carlos Eduardo Pereira de Souza, Jorge Lucas Franco dos Santos, Dimas Dias de Sena Juliana Correa  e Adalberto Moreira de Sousa.

O Colégio Estadual Frederico José Pedreira Neto foi representado por Brenda Kauanne Silva Costa, Gustavo Coelho, Rafhael Sales, Michael Monteiro Matos e Fauzia Jordy. Representaram o Colégio Estadual São José: Fernanda Mascarenhas Mota Rosemary Aparecida Tessarin Tinoco, Gideon Bonfim Tinoco, David Pontes Martins, Paulo Victor Bido Gellen.