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O sistema ILPF permite várias possibilidades de integração

O sistema ILPF permite várias possibilidades de integração Foto: Divulgação

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Técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) participam, de 6 a 8 de março, de mais uma etapa da capacitação continuada do Plano ABC – Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, com foco no sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). O módulo acontecerá no auditório do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO) das 8 às 17 horas.

A ação é fruto de uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Ruraltins, com duração de três anos, envolvendo cerca de 60 extensionistas rurais, de todo Estado, atendendo ao Convênio n° 817962/2015.

De acordo com a gerente do setor agropecuário, do Ruraltins, Ana Clara Bohnen, a capacitação será voltada para a implantação e a condução de sistemas de produções integrados envolvendo culturas perenes, tanto as árvores florestais quanto as frutíferas.

“Estamos no terceiro módulo de capacitação continuada. No primeiro, abordamos o componente agrícola; no segundo, o componente animal, ou seja, a pecuária. E, neste terceiro, vamos abordar o componente florestal, exemplificando de que forma cada um deles é trabalhado no sistema integrado. Neste curso, também vamos ter a presença de dois produtores falando das suas experiências, os desafios, as dificuldades e os benefícios, a partir do momento que resolveram adotar o sistema integrado, na propriedade deles”, disse a gerente.  

A gerente acrescenta ainda que, durante o módulo, serão apresentadas diversas alternativas que podem ser utilizadas dentro do processo de integração, a exemplo das espécies frutíferas, os sistemas agroflorestais, a integração lavoura-pecuária-floresta, como alternativa ao desmatamento e ao pagamento por serviços ambientais.

“Nosso objetivo é mostrar, aos técnicos envolvidos no projeto, que o componente florestal, dentro da integração, não precisa necessariamente ser o eucalipto, que é a espécie mais utilizada, mas que há outras possibilidades e culturas das diversas formas. O importante é que cada técnico avalie, na região onde se encontra, o grau de tecnologia que o produtor tem acesso, o mercado, se o produtor está plantando algo que vai comercializar, se vale a pena, a questão do preço desse produto. São pontos que devem ser levados em consideração ao escolher o componente florestal adequado para cada um dos produtores assistidos por ele”, frisa Ana Clara, complementando que seja qual for a espécie utilizada, a ideia é que o produtor, principalmente o da agricultura familiar, tenha uma fonte de renda extra integrada com a atividade dele, seja na agricultura ou na pecuária.

“É muito importante que o produtor faça a escolha do componente florestal de forma planejada, junto com o técnico, para que sejam avaliados os mais diversos fatores. Por isso, nossos técnicos estão sendo capacitados, para auxiliar o produtor a fazer uma melhor escolha”, conclui a gerente.

Prática

A programação do curso conta com parte teórica e visita técnica no campo. No encerramento, no dia 8, no período da tarde, os participantes irão conhecer a Chácara São Francisco, localizada no Projeto São João, onde o produtor adotou um sistema de integração com frutas. A capacitação é uma atividade da Rede ILPF. A realização é da Embrapa, com o Ruraltins e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), com apoio da empresa Zoofértil e do câmpus do Instituto Federal.