Após vários adiamentos, aconteceu nesta última quinta-feira, 5, o julgamento do ex-prefeito de Barra do Ouro, Eustáquio Antônio de Oliveira Filho, condenado a oito anos de prisão pelo homicídio do policial militar Celsimar Pereira da Silva, em Araguaína/TO.
O crime ocorreu em 1991 e teve grande repercussão na região. Julgado em 2009, Eustáquio foi condenado a 14 anos de prisão, mas recorreu ao Tribunal de Justiça e foi absolvido. Na época, o Ministério Público Estadual (MPE) recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou a realização de um novo júri.
Confiante na culpa do réu, o promotor de justiça, Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira, defendeu a tese de homicídio qualificado. Ainda no plenário, mesmo depois da condenação, o MPE interpôs apelação solicitando pagamento de indenização à família da vítima, aumento da pena para cumprimento no regime fechado e execução imediata da sentença, com as consequências criminais e eleitorais cabíveis. Os pedidos serão apreciados pelo Tribunal de Justiça.
Segundo a denúncia, horas antes do assassinato, o político trafegava em alta velocidade pelas ruas de Araguaína e, por pouco, não atropelou um policial militar que resolveu segui-lo e descobriu que ele era vizinho do sargento Celsimar, a quem contou o acontecido.
O sargento então teria procurado o político para uma conversa e teria sido recebido com um tiro de arma de fogo, que resultou em sua morte.
Eustáquio foi prefeito em Barra do Ouro de 2001 a 2009 e, atualmente, sua esposa é a prefeita do município.