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Polí­tica

Foto: Divulgação

Para um auditório da Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa) completamente lotado de empresários, o pré-candidato ao Governo do Estado, ex-juiz e idealizador da Lei da Ficha Limpa, o advogado Márlon Reis (Rede), foi categórico em defender que o papel da administração pública precisa mudar. “O Governo tem que deixar de oprimir a iniciativa privada como é faz hoje e assumir o papel de colaborador do desenvolvimento setor empresarial. O Governo tem que ser parceiro do empresário, fortalecendo a economia, gerando emprego e renda de qualidade para o nosso povo”, afirmou Márlon Reis.

Marlon Reis reforçou seu compromisso de austeridade contra a corrupção na administração pública. “Não vamos tolerar a corrupção. Esse mal que contamina o setor público é o que emperra o crescimento do Tocantins. Não podemos mais aceitar que a corrupção impeça nosso Estado de progredir e cause tanto mal para as famílias tocantinenses”, reforçou Márlon Reis.

Sobre a política fiscal do Estado, o pré-candidato do Rede foi enfático ao afirmar que a carga tributária precisa ser justa. “O Governo precisa ter inteligência fiscal para não estrangular o setor produtivo. Os impostos não podem ser inibidores do desenvolvimento. A fome fiscal do Estado hoje está sufocando o empresário e achatando os lucros, criando dificuldade de gerar emprego”, pontuou Márlon Reis, que apresentou números que mostram que a Receita Corrente Líquida do Governo do Estado dobrou nos últimos 10 anos, mas, paralelo a isso, as despesas cresceram enormemente. “A crise no Estado possui uma conta simples. Por mais que o Estado tenha aumentado sua arrecadação, por má gestão aumentou também seus custos. O Governo gasta mal o que arrecada, inchando a máquina pública com pagamento de folha e custeio, enquanto o percentual de investimento real é quase zero, o que deixa o Estado na crise que se encontra hoje”, revelou, propondo assim uma redução responsável de tributos.

Educação empreendedora

O incentivo ao empreendedorismo também foi outro ponto destacado por Márlon Reis durante debate com empresários na Acipa, na noite de ontem. Entre seus projetos para o Tocantins está que o empreendedorismo seja disciplina obrigatória no currículo das escolas públicas. Também é papel do “Estado Colaborador”, defendido por Márlon, estimular o empreendedorismo desde cedo, nas escolas e na Unitins, criando opções de futuro para crianças e jovens tocantinenses.

Márlon Reis também reforçou a responsabilidade que a Universidade possui nesse ciclo de desenvolvimento, dando exemplos como Stanford, nos Estados Unidos, de onde surgiu o Vale do Cilício e projetos inovadores que mudaram o mundo. Para Márlon Reis, a universidade tem a função de gerar inovação e conhecimento que possam contribuir para a evolução da cadeira produtiva no Tocantins e o fortalecimento da economia.

Saindo da crise

A instabilidade econômica e política provoca grave crise no Estado, aumentando a insegurança na classe empresarial, afugentando investidores e impedindo o Tocantins de crescer. Entre as propostas de Márlon Reis está a criação de um marco regulatório, com leis que deem segurança a investidores. “O empresário precisa ter a segurança que as leis não vão mudar. Que o Governo não mudará as regras do jogo depois que a partida começar. O Estado tem que garantir a estabilidade normativa”, defendeu.

Questionado também sobre a política de multas do Governo, Márlon Reis disse que “a indústria da multa é uma subversão completa do papel do Estado. O Governo precisa cumprir seu papel fiscalizador para evitar a desordem, mas não pode se sustentar de multas. Vamos redesenhar o Estado nas mais diversas áreas, mas sempre com a proposta do Estado Maestro, o Estado Colaborador”.

Na opinião de Márlon Reis, “a economia do Tocantins precisa de muito pouco para expandir, porque o Estado tem alto potencial. O papel do Governo é apenas colaborar para estimular esse potencial. Comigo, o Estado será parceiro do empresário”, finalizou.