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Economia

Foto: Divulgação Base da BR Distribuidora no distrito de Luzimangues, próximo à capital Base da BR Distribuidora no distrito de Luzimangues, próximo à capital

O presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto), Wilber Silvano de Sousa Filho, disse ao Conexão Tocantins na manhã desta segunda-feira que não há previsão de quando a situação da oferta de combustíveis será regularizada em Palmas/TO. Segundo ele, apesar de haver uma base de distribuição de combustíveis no distrito de Luzimangues, há poucos quilômetros da capital, não é possível buscar combustível para abastecer os postos por falta de segurança. “Devido à paralisação não é seguro ir buscar combustível na base de distribuição porque colocaríamos em risco a segurança de nosso funcionários e até mesmo de impacto ambiental”, declarou o presidente.

Apesar do Governo Federal ter divulgado que faria uso das forças armadas para desbloquear as estradas, o presidente do Sindiposto disse que, no Tocantins, não houve auxílio do Exército, nem de qualquer outro tipo de força de segurança para transportar combustíveis.

Ainda na última sexta-feira, o governador interino Mauro Carlesse declarou que não iria atender à solicitação do Governo Federal, de utilizar a força policial do Estado para desbloquear as rodovias.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não há estradas bloqueadas no Tocantins. No último sábado os caminhoneiros retiraram veículos e pneus da pista e do acostamento.

Como não há vias bloqueadas, o Exército informou que, só irá intervir caso seja solicitado e identifique que há necessidade de desobstrução da pista para transporte de cargas essenciais.

Mesmo Com Acordo Greve Persiste 

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) confirmou nesta segunda-feira, 28, a assinatura do acordo para pôr fim à greve dos caminhoneiros. Em edição extra do Diário Oficial da União o Governo Federal publicou as medidas adotadas para controlar a situação, entre elas o congelamento da redução do preço do diesel na bomba em R$ 0,46 por litro por 60 dias. O valor é referente ao que seria a retirada do PIS/Cofins e da Cide sobre esse combustível. Depois desse período, o preço do diesel será ajustado mensalmente. Além disso, a alíquota da Cide sobre o diesel será zerada até o final do ano.

Em nota enviada à imprensa a Abcam diz que espera que até o mês de dezembro deste ano o Governo Federal tome medidas para que a redução seja permanente. A entidade orienta ainda que os caminhoneiros retornem ao trabalho. “A Abcam considera o acordo assinado uma vitória, já que o anterior previa uma redução de apenas 10% por apenas 30 dias. Entretanto, a associação acredita que até dezembro deste ano o governo encontre soluções para que essa redução seja permanente… Sendo assim, já que o objetivo foi alcançado, a Abcam pede a todos os caminhoneiros que voltem ao trabalho”, diz a nota.

Mesmo com o acordo, no Tocantins a greve ainda continua e os caminhoneiros mantém a paralisação em rodovias federais e estaduais. Na manhã desta segunda a ponte que liga Palmas ao distrito de Luzimangues ficou fechada por cerca de uma hora. A manifestação dos caminhoneiros ganhou o apoio de moradores da região que protestavam por melhorias no distrito que é de responsabilidade da Prefeitura de Porto Nacional.

A manifestação foi pacífica e o trânsito no local já foi liberado. Ainda assim, os caminhoneiros permanecem parados no local em protesto contra o alto preço do diesel. A paralisação dos caminhoneiros já reflete no comércio local. Na capital os supermercados já registram falta de vários produtos, principalmente hortifruti e carnes. Já os postos de combustíveis estão com estoques esgotados desde a última sexta-feira, 25.

Sindiposto

Por meio de nota o Sindiposto informou na tarde desta segunda-feira que a situação relativa à falta de combustíveis no Estado permanecer a mesma. O Sindicato ainda informa que está negociando o carregamento de combustível para questões da Segurança Pública, Saúde e demais instituições públicas locais. A estimativa do Sindicato é que mais de 90% do Tocantins esteja desabastecido e não há previsão para normalização da situação. (Atualizada às 18h23).