O Lago do Parque das Águas em Paraíso do Tocantins já recebeu mais de 220 espécies de peixes entre alevinos e peixes adultos. Entre eles estão o tambaqui, tucunaré e pintado. Algumas dessas espécies se alimentam de matéria orgânica em decomposição e, com isso, contribui para a qualidade da água. A iniciativa foi do voluntário William Costa, que mora no Tocantins há mais de 2 anos e apaixonado por peixes.
O lago vem recebendo novas espécies de peixes desde 2016. O mesmo já contava com as mais comuns no Estado do Tocantins, que são elas: jaraqui, piaba e a traíra. Os animais são alimentados com ração e migalhas de pão três vezes por semana por William.
Conforme o voluntário, a escolha do Parque das Águas é por ser um ambiente de turismo na cidade e pelo fato das crianças se encantarem ao verem os peixes. “Sempre gostei de criar peixes. Tenho alguns tanques na fazenda que ficam próximos a Divinópolis e sempre que posso trago algumas espécies de lá para colocar no lago do Parque. Também compro alevinos e peixes adultos de outras espécies para soltar, pois vejo um grande potencial nesse lago, além de contribuir com a natureza”, explicou William.
O diretor do Parque das Águas, Artur Richter, enquanto urbanista que preocupa-se com a questão ambiental, disse que a ação no lago do Parque das Águas vai além do que se possa imaginar, pois ela não só contribui para ampliar a ictiofauna (conjunto de espécies de peixes) do lago, mas também promove a educação e a conscientização ambiental. “O parque recebe cerca de mil visitantes por semana, os quais passeiam, praticam esportes e desfrutam do espaço voltado para o lazer das famílias paraisenses. Além disso, contamos com cerca de 200 mil metros quadrados de área verde preservada no Parque, bem como sua fauna e flora, além do lago, que possui 100 mil metros de espelho d'água no qual, agora, foram soltos os alevinos e os peixes adultos. Por isso, preservar esse ambiente através da conscientização faz uma grande diferença para a natureza”, afirma o urbanista.
William fala ainda da importância de todos cuidarem dos peixes. “É essencial que todos ajudem a alimentar os peixes e que não joguem lixo dentro do lago. Os moradores e visitantes do Parque também devem ter consciência de não praticar a pesca predatória, para preservar ainda mais a vida no lago.”, afirma Costa.
Crime
A pesca predatória no Lago do Parque das Águas é proibida, de acordo com o Artigo 34 da Lei nº 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998. Também não é permitido nadar no lago. Segundo o artigo 34 da lei “Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente”.