Três pessoas da família das vítimas da chacina de Paraíso já foram ouvidas pela polícia até o momento. De acordo com o delegado da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Paraíso, Eduardo Menezes, o caso é delicado e exige sigilo para que as investigações não sejam prejudicadas.
Um exame da arcada dentária de duas das vítimas foi solicitado para que se possa identificá-las, já que os corpos foram encontrados carbonizados. Segundo a Polícia Civil, caso não seja possível reconhecê-las através da arcada, será solicitado também exame de DNA.
Facas e materiais cortantes encontrados no local também serão analisadas para saber se algum deles foi utilizado para cortar a garganta da terceira vítima. O local do crime também foi periciado. Os laudos devem sair em até 10 dias. A polícia trabalha com as hipóteses de latrocínio e homicídio.
O crime
Acácio Gonçalves de Souza, 70, sua esposa, Ivani Ribeiro dos Santos, 61, e o filho de Acácio, Márcio Gonçalves de Souza, 36, foram encontrados mortos na chácara onde a família morava a cerca de 8 km de Paraíso no último sábado, 22. Pai e filho foram encontrados carbonizados dentro de um quarto da casa. Já Ivani foi encontrada caída no quintal com um corte no pescoço.
O crime com requintes de crueldade chocou a família e vizinhos das vítimas que, segundo relatos, eram pessoas tranquilas e sem inimigos conhecidos. O carro da família foi incendiado em um local a 2 quilômetros de onde ocorreu o crime.
Segundo a polícia, um botijão de gás encontrado no quarto onde os corpos foram encontrados podem ter sido usados para carbonizar as vítimas. A truculência da chacina faz a polícia acredita ainda que o crime possa ter sido premeditado.