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Cultura

Foto: Divulgação

Uma das maiores companhias de dança do Brasil, a Quasar Cia. de Dança (GO), após um hiato de dois anos com suas atividades paralisadas, traz a Palmas o espetáculo 'O que ainda guardo...' com apresentação única nesse sábado 13 de outubro, no Teatro Sesc Palmas, às 20h. O espetáculo já passou pelos palcos de São Paulo e Rio de Janeiro nos últimos 22, 23 e 26 de setembro.

A coreografia apresentada foi desenvolvida para o projeto “Preciosidades Vivara” com o apoio do Ministério da Cultura e da Vivara. A circulação é realizada pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2015 e conta também com o apoio do Sesc e da World Group Company (GO). 

O projeto “Quasar Cia. de Dança – Circulação Norte, Centro-Oeste e Sul” promoverá 10 apresentações em cinco cidades do país proporcionando o intercâmbio cultural entre diversas regiões. A primeira cidade a receber o projeto é Palmas/TO e na sequência o espetáculo será apresentado nas cidades de Goiânia/GO, Gravataí/RS, Canoas/RS e Brasília/DF. 

Sobre o espetáculo

Os 30 anos da Quasar coincidem com os 60 anos da Bossa Nova, temática proposta pela Vivara para esse novo espetáculo em parceria com a Companhia goiana, especialmente convidada para o projeto. Legitimamente brasileiro, criado para atingir diferentemente os sentidos da plateia. O diálogo entre a energia e fugacidade da dança da Quasar, que dirige os olhares e provoca interpretações, e a tessitura da Bossa Nova, estilo musical impregnado da alma de nosso país.

Ao completar 60 anos, estas canções, nascidas de encontros entre compositores da Zona Sul do Rio de Janeiro, tornaram-se admiráveis em todas as partes do mundo, e só isso já bastaria para serem desafiadoras a qualquer coreógrafo. Unindo-se a isto a memória emotiva que cada uma das letras e notas deste cancioneiro provoca, é tarefa vigorosa produzir movimentos que desabrochem em novos significados e sentidos.

A busca foi por produzir uma obra sensível, bela, fascinante, plena em sua forma e em sua importância. Um instante de frescor, de contemplação de novas possibilidades e novos encontros. Os temas abordados pelos compositores, muitos deles singelos e ligados a um cotidiano ingênuo e pueril, nesta trilha sonora são cantados como se fossem conversas entre amigos, e esta maneira coloquial de fazer poesia inspirou um tipo de movimentação que permeia toda a coreografia.

O espetáculo também é uma homenagem aos 30 anos da Quasar, resgatando imagens que retomam a essência da Companhia. Instantes de espetáculos que se tornaram preciosos e únicos em sua trajetória, e que cintilam nesta nova criação, provocando uma espécie de reminiscência em nossos espectadores.

Volta aos palcos

Para Henrique Rodovalho, coreógrafo residente da Cia., a volta aos palcos com este espetáculo representa a oportunidade de mostrar que ainda há um grande desejo de continuar o trabalho conhecido e admirado no Brasil e em mais 25 países por onde já passaram. “É uma oportunidade de mostrar que a nossa dança, apesar desta pausa, continua viva, com o mesmo desejo e com a mesma qualidade reconhecida e desejada pelo nosso imenso público que nos acompanham por todos estes anos”, comenta.

Nas palavras de Vera Bicalho, diretora geral da Cia., comemorar os 30 anos com a montagem é misto de paixão e enfrentamento. “Nos dá fôlego e a certeza de que estamos vivos”, resume a diretora. Ainda que sem patrocínio de permanência, o espetáculo impulsiona o 30º ano de vida da companhia que vai circular cinco cidades com o espetáculo.