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Opinião

Foto: Divulgação

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Um anoitecer de outubro. Todos os brasileiros, mesmo que involuntariamente, seguem imersos na desconfiança para os possíveis rumos da política no País. A presente dicotomia eleitoral intensifica as incertezas e elucida a superficialidade das discussões. Os acalorados debates deixam de lado o essencial: ideias e propostas pragmáticas que possam fazer do Brasil um país pujante.

É notório que apresentamos problemas estruturais graves e o clamor da sociedade vai da educação a investimentos em ciência e tecnologia. As atuais travas para o desenvolvimento nacional perpassam pelo direcionamento político dado por nossos representantes. Os avanços alcançados devem ser aprimorados e o norte para o progresso deve ser buscado com empenho sempre. Entretanto, este período de campanha eleitoral tem aprimorado mais o viés ideológico, que sobrepõe o bom senso e a autocrítica, do que o desejo de ver o país nos trilhos.

O cenário eleitoral tem se assemelhado a um jogo de futebol onde os torcedores de cada time incitam a derrota aos seus opositores a qualquer custo, como se estivessem em barcos opostos. Porém, esquecem que ao fim da campanha, o que estará em voga são os caminhos do país para os próximos quatro anos. Podemos nos refutar de discutir ideias, de ler os programas de governo de cada candidato? Devemos continuar nas acusações pessoais e esquecer-se de discutir o país?

Muitos brasileiros não se atentam ao fato de que os representantes do povo (seja no legislativo ou no executivo) estão ou estarão nesses cargos por um tempo e, assim sendo, as figuras passam, mas o país permanece. Direcionar o Brasil para avanços reais, como educação de qualidade, cidadania efetiva, saúde, segurança pública eficiente, desenvolvimento industrial e tecnológico tem de ser o arcabouço de qualquer governo.

Ao ser mantida a parcialidade irrestrita a qualquer que seja o candidato e fundamentada tão somente pela ideologia política, com o passar do tempo, nos tornamos cegos ou coniventes para sinais de incoerências na administração do que é público. Daí a necessidade de uma constante avaliação imparcial do que será bom ao país e, jamais, do que será favorável a um partido ou o político em questão.

Seremos coniventes com atitudes erradas? Manteremos a acomodação e normalidade ao “rouba, mas faz”? Isso que queremos para o país? No momento em que o Brasil apresentar uma volumosa massa crítica e que não sirva mais como objeto de manobra, sem dúvidas, estaremos livres das amarras politiqueiras e ascendendo a uma sociedade mais criteriosa, esclarecida e que preza pelo bem comum. Um País que enxergará avanços e jamais retrocessos. Em suma, não podemos recorrer a irracionalidades que atrasam uma nação.