A Declaração Universal dos Direitos Humanos, que em 2018 completa 70 anos, será o tema da 12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos. A mostra será realizada nos meses de novembro e dezembro nas 26 capitais do país e no Distrito Federal e a programação é totalmente gratuita. Ao todo, serão exibidos 40 filmes, divididos em 4 mostras: Temática, Panorama, Mostrinha, dedicada ao público infanto-juvenil, e Homenagem, que celebra a carreira do ator e diretor Milton Gonçalves. A mostra é uma iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), com realização do Instituto Cultura em Movimento (ICEM).
Os filmes abordam as diversas temáticas dos Direitos Humanos, como memória e verdade, questões de gênero, população negra, população indígena, população LGBT, imigrantes, direito das pessoas com deficiência, direito da criança, direito dos idosos, direito da mulher, direito à saúde, direito à educação, diversidade religiosa e meio ambiente. Para permitir a acessibilidade, todas as sessões contam com closed caption, e em sessões selecionadas haverá áudio descrição e Libras. Os espaços onde ocorrem as exibições também possuem estrutura acessível para receber os diferentes públicos, além de contar com a programação em Braille para consulta.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos surgiu em 1948 como um grito de liberdade e o clamor por respeito, contra o fascismo e as milhões de mortes da 2ª Guerra Mundial. Segundo a Diretora de Promoção e Educação em Direitos Humanos do MDH, Juciara Rodrigues, a Mostra promove ações públicas que transcendem governos, por isso já está em sua 12ª edição. “Trata-se de uma revolução silenciosa e maravilhosa. Vai até as pessoas para mostrar a elas a importância de ser cidadão e do respeito ao próximo. Chega até elas levando educação amorosa e libertária, para que possam refletir qual o nosso papel no mundo. É uma forma de lutar e resistir a qualquer tipo de opressão, de objeção em relação ao exercício da nossa cidadania e direitos.”, diz Juciara.
Com mais de 70 filmes no cinema, o ator e diretor Milton Gonçalves, homenageado na Mostra, é um dos mais prolíficos artistas do país. Presente nas telas e palcos desde a década de 50, participou da história da televisão, do teatro e do cinema brasileiros. Sua versatilidade dramática e seu talento venceram as barreiras que normalmente são impostas aos artistas negros no país. “Sua atuação no cenário político e sua militância pelos Direitos Humanos e contra o racismo o tornam um desses artistas cuja trajetória precisa ser registrada e cuja história deve ser contada para os jovens. Milton Gonçalves soube como poucos manter um rigor artístico e, ao mesmo tempo, uma atuação e coerência política”, diz a diretora do ICEM Luciana Boal. “Com a proximidade de seus 85 anos de vida, em 2018, é fundamental conhecer o homem, marido, pai, político, ator e diretor Milton Gonçalves”, completa.
A mostra conta com um produtor local, ficando responsável, pela exibição dos filmes e promoção de debates após as sessões. Todos eles se reuniram com os curadores da Mostra em um hotel em Brasília, entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, quando foram capacitados para realizar os eventos em suas cidades.
Mostra Temática – 5 filmes
Café com Canela – 1h40
Após perder o filho, Margarida (Valdinéia Soriano) vive isolada da sociedade. Ela se
separa do marido Paulo e perde o contato com os amigos e pessoas próprias. Um dia,
Violeta (Aline Brunne) bate à sua porta. Trata-se de uma ex-aluna de Margarida, que
assume a missão de devolver um pouco de luz àquela pessoa que havia sido
importante pra ela na juventude.
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Eduardo Galeano Vagamundo – 1h12
Amigos e profissionais do mundo artístico contam suas lembranças do escritor e
jornalista uruguaio Eduardo Hughes Galeano, que faleceu em 2015. A trajetória de
Galeano, autor do livro "As Veias Abertas da América Latina", foi fortemente marcada
pelo seu desejo de conhecer o mundo sempre buscando estar em contato com as
belezas da vida.
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Henfil – 1h14
O documentário registra uma proposta curiosa feita a uma turma de jovens
animadores: tentar trazer para a atualidade as obras do cartunista, jornalista e ativista
brasileiro Henrique de Souza Filho, o Henfil. Além desse processo, o filme traz
depoimentos de amigos e revelações sobre como o artista hemofílico lidava com sua
doença e utilizava seus desenhos como instrumento de luta contra a censura política
de sua época.
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Heróis – 1h10
A judoca Rafaela Silva foi a primeira atleta da delegação brasileira a ganhar uma
medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio em 2016, levando toda nação as lágrimas.
Popople Misenga, o congolês convidado a participar da delegação composta por
refugiados, fez o mesmo. Além disso, como esquecer de Rogério Sampaio e o ouro no
mesmo esporte durante as Olimpíadas de Barcelona em 1992. A partir de uma
abordagem heroica, a carreira desses desportistas é transformada em filme.
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Histórias da Fome no Brasil – 52 minutos
“Histórias da Fome no Brasil” mostra uma cronologia da fome no país. Do Brasil
Colônia, onde foram plantadas as sementes das desigualdades sociais, até as políticas
públicas recentes que culminaram na saída do Brasil, em 2014, do Mapa da Fome
divulgado pela ONU, retratamos como se deu o enfrentamento deste mal por parte da
sociedade e do governo.
A importância da superação da fome pode ser dimensionada quando consideramos
que este flagelo perdurou durante séculos em nosso país e que até recentemente não
se vislumbrava a história da crença de que ela era uma fatalidade que nunca
reverteríamos, o filme nos aponta o pensamento daqueles que “nadaram contra a
corrente”, como Josué de Castro, Dom Helder, Betinho e tantos outros, que
acreditaram que a fome era um mal reversível, ocasionada pelos próprios homens e
suas políticas.
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Mostra Panorama – 25 filmes
Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones – 25 minutos – Direito a pessoa com Deficiência
História da criação da Banda "Os Goiabeiras" da qual fazem parte três pessoas com
deficiência: um paralisado cerebral e dois autistas.
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Nunca Me Sonharam – 1h24 – Direito à Educação
Os desafios do presente, as expectativas para o futuro e os sonhos de quem vive a
realidade do Ensino Médio nas escolas públicas do Brasil. Na voz de estudantes,
gestores, professores e especialistas, Nunca me sonharam‟ reflete sobre o valor da
educação.
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À Espera – 22 minutos – Direito a criança e adolescente e Questão de Gênero (Moçambique)
Em Moçambique, 39% de meninas se casam antes dos 15 anos com homens mais
velhos que elas, fazendo com que o país se encontra em 10 lugar entre os países mais
afetados pelos casamentos prematuros, negando seus direitos como o da Educação e
de serem o que elas quiserem.
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Chega de Fiu Fiu – 1h13 – Questão de Gênero
O retrato do dia a dia de três mulheres com vidas distintas, mostrando como a
violência de gênero é constantemente praticada no espaço público urbano. Dessa
forma, as diretoras Amanda Kamanchek Lemos e Fernanda Frazão procuraram
especialistas para discutir sobre o assunto, buscando encontrar respostas e
alternativas para a uma questão fundamental: Será que as cidades foram feitas para as
mulheres?
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Rua das Casas Surdas – 8 minutos – Memória e Verdade
Em uma vizinhança silenciosa, durante a ditadura nos anos 70, Carlos e Ernesto
aproveitam o intervalo do jogo no rádio para voltar ao trabalho.
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Marcos Medeiros – Codinome Vampiro – 1h11 – Memória e Verdade
O documentário apresenta Marcos Medeiros, um personagem esquecido da nossa
história que foi líder estudantil em 1968. Preso, torturado, cassado e exilado na
Europa, Marcos começou a se dedicar ao cinema, tendo feito curtas com Chris Marker
na França, um longa com Glauber em Cuba, e depois trabalhado na Itália com
Rosselini. de volta ao Brasil, nos anos 80, com a anistia, Marcos inicia um trabalho
pioneiro em vídeo, mas não encontra um espaço para viabilizar sua arte que não se
identificava com o main stream. A incapacidade de se inserir numa sociedade burguesa
e sem utopias leva Marcos à depressão. Morre em 1997 depois de uma longa
internação no Pinel.
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O Começo da Vida – 1h47 – Direito da Criança
Um dos maiores avanços da neurociência é ter descoberto que os bebês são muito
mais do que uma carga genética. O desenvolvimento de todos os seres humanos
encontra-se na combinação da genética com a qualidade das relações que
desenvolvemos e do ambiente em que estamos inseridos.
O Começo da Vida convida todo mundo a refletir como parte da sociedade: estamos
cuidando bem dos primeiros anos de vida, que definem tanto o presente quanto o
futuro da humanidade?
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A Rua Noiz – 14 minutos – Cultura, Educação e Direitos Humanos
O documentário trata das realidades enfrentadas dentro da periferia do Grande Bom
Jardim, e de como uma mulher que aos 5 anos de idade vendia verduras e aos 35
dirige a maior escola de dança de Fortaleza em número de atendidos.
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Enrolado na Raiz – 23 minutos – População Negra
Mulheres negras falam sobre as diferentes formas de violência física e simbólica que o
racismo impõe cotidianamente sobre seus corpos. Desejos, sonhos, frustrações,
traumas e enfrentamentos são expostos em falas que recuperam experiências da
infância.
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Nós – 6 minutos – Imigrantes
O filme mostra a trajetória cíclica dos refugiados através dos tempos, uma reedição de
acontecimentos passados.
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Do Outro Lado – 14 minutos – População LGBT
Às vésperas de uma importante decisão, a juíza da Corte Suprema de Taiwan recebe
uma carta inesperada.
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Narrativas de Um Crime – 15 minutos – Combate à Violência e LGBT
Constantin, um investigador da Polícia Civil e aspirante a escritor, está em busca de
uma boa história. Paulo, um Policial Militar, acaba de voltar de um período de
suspensão da corporação em que trabalha. Os diferentes pontos de vista de
Constantin e Paulo colidem quando eles se cruzam numa cena de um crime: uma
jovem drag queen foi brutalmente assassinada. O conflito entre eles desconstrói
preconceitos e flerta com a tragédia, revelando uma dura realidade repleta de ironias,
lágrimas e sangue.
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Um Café e Quatro Segundos – 15 minutos – Memória e Verdade
Dois torturadores se encontram para tomar um café depois de mais de trinta anos sem
se verem, para acertarem contas daquela época.
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Lacerda – O Corvo da Guanabara – 19 minutos – Memória e Verdade
O filme reconstitui a trajetória de Carlos Lacerda, ex-governador da Guanabara e líder
radical da UDN em formato cine-jornal, visando iluminar sua participação direta em
conspirações e tentativas de golpe em momentos chave da história do Brasil.
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Outro Olhar – 34 minutos – Direitos a pessoa com deficiência
A história da estudante gaúcha Renata Basso, que tem síndrome de Down e acaba de
concluir o ensino médio, é o fio condutor de um retrato impressionante sobre a
educação inclusiva no Brasil. Por meio de entrevistas com professores, colegas de
classe, familiares e a própria Renata, o filme mostra que o esforço coletivo torna
possível oferecer uma aprendizagem de qualidade a estudantes especiais.
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Monocultura da Fé – 23 minutos – População Indígena
Como no resto do país, também entre os Guarani Kaiowá a igreja evangélica vêm
ganhando espaço. O mini-documentário percorre aldeias do Mato Grosso do Sul para
mostrar denúncias das cada vez mais frequentes violências cometidas por grupos
evangélicos contra a população indígena.
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Waapa – 20 minutos – População Indígena
O documentário propõe um mergulho inédito na infância Yudja (Parque Indígena do
Xingu/MT) e os cuidados que acompanham seu crescimento. O brincar, a vida
comunitária e as influências de uma relação espiritual com a natureza.
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Uma Bala – 2 minutos – Defesa aos Defensores de Direitos Humanos
Marielle Franco foi assassinada em 14 de março de 2018. Quem matou Marielle?
Quem mandou matar Marielle? O crime permanece sem solução! "Uma bala. Uma
bala realmente abala. Abala, mas não cala. Quem batalha por igualdade!"
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Nomes que Importam – 15 minutos – População LGBT
Filme que aborda a importância dos nomes sociais das pessoas trans.
O curta-metragem nomes que importam revela as histórias que permeiam as escolhas
dos nomes das travestis e transexuais que participam do filme. Por meio de
depoimentos, o documentário aciona memórias afetivas.
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Repense o Elogio – 48 minutos – Questão de Gênero
Repense o Elogio é um documentário que propõe a reflexão sobre a maneira como as
crianças são elogiadas. Enquanto meninas são lindas, princesas e delicadas, meninos
são fortes, inteligentes e corajosos. Até que ponto estes adjetivos aprisionam o
verdadeiro ser de cada um? Este é um filme que reflete sobre o poder das palavras e
da cultura, que trouxeram este desequilíbrio tão profundo na forma que elogiamos
meninas e meninos.
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Batuque Gaúcho – 26 minutos – Diversidade Religiosa
O Batuque Gaúcho é o nome dado a religião africana no Rio Grande do Sul, maior
fenômeno religioso do Brasil, com cerca de 8 a 10 mil casas em todo o Estado. Mesmo
assim, ainda é a que mais sofre preconceitos e está inviabilizada devido o racismo.
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As Sementes – 32 minutos – Meio Ambiente
Neneide fala sobre empoderamento feminino e como o grupo “Mulheres Decididas a
Vencer” passou a trabalhar com abelhas num assentamento no Rio Grande do Norte.
Izanete resiste ao agronegócio que ocupa extensas terras no Rio Grande do Sul, onde
produz leite ecológico e pães para a merenda escolar. Para Efigênia, horta é terapia e o
trabalho na roça em Minas Gerais, independência. Maria dos Santos recorda lutas pela
posse da terra e igualdade de gênero e contra a desnutrição nas áreas quilombolas da
Bahia. Quatro sementes da economia solidária, do cooperativismo, do feminismo, da
agroecologia.
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Menina de Barro – 1h37 – Bullying
A jovem Diana é uma garota habilidosa e especial. Na aurora de seus 12 anos de idade
já carrega uma bagagem de conhecimento e talento que se mostra difícil de lidar: ela
traz a estigmatizada e dadivosa marca de ser superdotada.
Entre a solidão e a curiosidade, entre a agressividade e o carinho, Diana vai tecendo
uma auto-crítica minuciosa ao passo que descobre a força do conhecimento e da
amizade para liberar seus impulsos mais solidários.
Ao mesmo tempo que busca "combater" o Bullying em sua escola, Diana precisará
estar pronta para enfrentar seus problemas de família, seu coração e uma fúria típica
daqueles que não se contentam com a apatia alheia.
Demais para uma garotinha? Sinta-se convidado para descobrir de qual barro são
feitas as guerreiras.
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Sociedade Etiquetada – 5 minutos – Direitos Humanos
Fernando, um homem gay, vive em uma sociedade que os rótulos sociais, que são
dados a nos por outras pessoas, são vistos a olho nu, e ele tem que suportar o dia a dia
dentro dessa sociedade cada dia mais cansado.
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Tente Entender o Que Eu Tento Dizer – 1h25 – Direito a Saúde
Tente Entender é um documentário sobre a força do coletivo e da militância na
transformação das pessoas e de uma realidade marcada pelas barreiras impostas pelo
HIV. Um contraponto à desinformação, o filme mostra que a vida é rica em
possibilidades ao acompanhar a vida de 6 personagens soropositivos das mais variadas
classes sociais, profissões, orientações sexuais e religiosas em seu cotidiano.
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Mostrinha – 5 filmes
Príncipe da Encantaria – 11 minutos
As margens do Rio Negro a imaginação de Aninha cria asas enquanto Vó Esmeralda
conta-lhe a estória de Benito, o boto cor de rosa.
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A Natureza Agradece – 14 minutos
Bernardo vive em um pequeno rancho cheio de diversidade ambiental, um dia uma
fábrica aparece colocando em risco toda a natureza.
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A Câmera do João – 22 minutos
Uma faixa de luz passa por uma pequena perfuração, e se faz imagem. João descobriu
que fotografias são heranças.
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Louise – 5 minutos
Durante brincadeira de futebol de rua entre quatro garotos a bola é chutada para
longe e cai próximo a Louise e Bia. Juca corre para pegar a bola, percebe a habilidade
das duas garotas para o futebol e as convida para brincar. Iago não aceita a
participação delas mas Louise não quer ficar fora do jogo.
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A Bicicleta do Vovô -22 minutos
A Bicicleta do Vovô é um curta metragem para crianças e adultos que aborda a relação
entre avô e neto. Em um lugar muito distante, O Reino do Sertão Pelejado, homens morcegos
capturam lendas através de televisores. Surgem, então, o Super Tigre e o
Mestre Conselheiro para salvar o nosso planeta das forças malignas da Feiticeira
Mabá. É contando essas histórias que vô Rui transforma a infância do neto Cauê em
um universo de aventuras e fantasias, re-significando símbolos através de um olhar
mais lúdico sobre as coisas da vida.
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Homenagem – 5 filmes
Carandirú – 2h26
Carandiru, história baseada em fatos reais e no livro escrito pelo médico Drauzio
Varella (Luiz Carlos Vasconcelos), começa quando ele resolve fazer um trabalho de
prevenção à AIDS no maior presídio da América Latina: a Casa de Detenção de São
Paulo, o Carandiru, vítima de um dos dias mais negros da história do Brasil, quando a
Polícia Militar do Estado de São Paulo, a pretexto de manter a lei e a ordem, fuzilou
111 pessoas. Ali, o médico toma contato com o que, aqui fora, temos até medo de
imaginar: violência, superlotação, instalações precárias, falta de assistência médica e
jurídica, falta de tudo. O Carandiru, com seus mais de sete mil detentos, merece sua
fama de inferno na terra. Porém, nosso personagem logo percebe que, mesmo
vivendo numa situação limite, os internos não representam figuras demoníacas. Ao
contrário, ele testemunha solidariedade, organização e, acima de tudo, uma grande
disposição de viver. Não é pouco e é o suficiente para que ele, fascinado, resolva iniciar
um trabalho voluntário. Oncologista famoso, habituado a mais sofisticada tecnologia
médica, Dráuzio Varella pratica a medicina como os antigos: com estetoscópio, olhar
sensível e muita conversa.
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Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia – 1h58
Enfoca as ligações entre ladrões e policiais. Lúcio Flávio é um bandido famoso que
empreende fugas e ações espetaculares. Seu bando é trazido por um detetive que
acobertava suas ações, que acaba sendo denunciado por Lúcio numa reunião com a
imprensa. É oferecido um passaporte para fugir do país e não denunciar o policial;
entretanto ao saber que seu irmão foi morto, ele recusa. Ao voltar para sua cela, é
executado à facadas.
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O Que é Isso Companheiro – 1h50
Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns
anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato
Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com
a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a
luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um
plano para sequestrar o embaixador dos Estados Unidos para trocá-lo por prisioneiros
políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.
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Rainha Diaba – 1h50
Lapa, Rio de Janeiro. Diaba (Mílton Gonçalves), um homossexual, comanda de um dos
quartos de um bordel uma quadrilha responsável pelo controle de vários "pontos" de
venda de droga. Sabendo que um dos seus homens de confiança está para ser preso,
Diaba "fabrica" um novo marginal, para depois entregá-lo a polícia. Ela encarrega
Catitu (Nélson Xavier), seu homem de confiança, de fazer isto. Catitu decide que o alvo
será Bereco (Stepan Nercessian), um garotão cheio de si que é sustentado por Isa
(Odete Lara), uma cantora de cabaré. Catitu atrai Bereco para um série de crimes e faz
dele um "perigoso bandido". Acontece que Bereco passa a acreditar nesta "fama".
Diaba começa a ter seu poder diminuído quando Bereco pretende controlar a venda
das drogas e Catitu, por sua vez, deseja aumentar seu poder.
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Eles Não Usam Black Tie – 2h14
Eles não usam black-tie debruça-se sobre os conflitos, contradições e anseios da classe
trabalhadora no final dos anos 1970, na crise final da ditadura militar. Baseado em
peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri escrita duas décadas antes, o filme adota
uma narrativa realista que situa, em polos antagônicos, a esperança na ação coletiva e
a aposta nas saídas individuais, como alternativa de vida para os trabalhadores. Em
torno do conflito entre o pai sindicalista, Otávio (Guarnieri), e o filho alienado, Tião
(Carlos Alberto Ricelli), constrói-se uma trama comovente que reflete os efeitos da luta
pela sobrevivência no seio da família operária. Eles não usam black-tie cativou o
público e a crítica, e recebeu vários prêmios, entre os quais se destaca o Leão de Ouro
no Festival de Veneza de 1981.