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Polí­cia

Foto: Ascom SSP/TO

Foto: Ascom SSP/TO

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Regional de Araguaína, prendeu na manhã desta quarta-feira, 12, em Araguaína, no Norte do Estado, três pessoas suspeitas de comercializar queijos, frios e embutidos de forma irregular, na região. A operação, denominada “Caseus”, que do latim quer dizer queijo, envolveu cerca de 30 policiais e contou, também, com fiscais da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) do Estado e a Vigilância Sanitária Municipal.

Foram presos os empresários Karline R. da S., 27, Cristiano G. C., 41, e o médico veterinário e fiscal sanitário da Prefeitura de Araguaína, Cláudio A. R. M., 42. Durante a operação, foram identificados 241 quilos de alimentos sem embalagem ou com empacotamento irregular. A Polícia suspeita que os três presos fazem parte de um grande esquema de venda e comercialização de queijos e outros alimentos vencidos, sendo parte dos referidos alimentos provenientes do Pará e outra parte adquirida de grandes supermercados da cidade de Araguaína. Para a Polícia Civil, o esquema envolvia a venda a Cristiano, realizada por grandes supermercados da cidade, de alimentos prestes a vencer ou até já  vencidos, quando o correto seria o descarte, por serem impróprios para o consumo.

De acordo com o delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, a investigação durou cerca de quatro meses e resultou na prisão preventiva dos três, sendo que Cristiano G. já havia sido preso em 2015 por comércio irregular de alimentos. Ainda segundo a autoridade policial, foram feitas buscas em uma empresa alimentícia, em dois supermercados de comercialização em atacado na cidade e em uma gráfica onde seriam confeccionados os rótulos utilizados nos alimentos. "Investigamos que os alimentos, na verdade, eram oriundos do Estado do Pará. Alguns deles estavam com o prazo de validade vencido ou a vencer. Também verificamos que os produtos se encontravam com os sistemas de embalagem alteradas”, ressaltou.

Investigação

De acordo com as investigações, após adquirir os alimentos, Cristiano e Karline “esquentava-os” com rótulos irregulares e com data de validade adulterada, sendo, posteriormente, postos à venda nos mesmos grandes supermercados que, anteriormente, haviam vendido a referida mercadoria vencida para o casal. Noutro ponto, o fiscal do Serviço de Inspeção Municipal – SIM, Cláudio A. seria conivente com tais práticas, sendo também decretada a sua prisão preventiva, juntamente com as prisões de Cristiano e Karline. 

Os três foram presos em flagrante pela prática dos crimes previstos no art. 272, §1º-A do Código Penal, além do art. 7º, II, da Lei 8.137/90, cuja pena total pode chegar a 13 anos de prisão. (SSP/TO)