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Polí­cia

Foto: Clayton Cristus

Foto: Clayton Cristus

O deputado estadual Olyntho Neto (MDB) informou que não tem conhecimento sobre as investigações que levaram ao inquérito da Polícia Civil a respeito da denúncia de lixo hospitalar armazenado em um galpão de uma empresa de sua família em Araguaína no mês de novembro do ano passado.

Olyntho acrescentou ainda que em nenhum momento foi ouvido ou citado pela polícia “sobre qualquer ato ou investigação realizada”. O parlamentar finaliza dizendo que está à disposição para prestar esclarecimentos quando for “devidamente notificado”.

Apesar da resposta do parlamentar, a Polícia Civil deverá abrir um outro inquérito para investigá-lo.

O relatório da polícia indiciou seis pessoas e quatro empresas pelo crime ambiental. Entre os citados estão o pai de Olyntho Neto, o ex-juiz eleitoral João Olinto Garcia de Oliveira e também o filho dele, Luiz Olinto Rotoli Garcia de Oliveira. Um outro membro da família, Rodolfo Olinto Rotoli Garcia de Oliveira, também foi citado no inquérito.

Segundo as investigações, enquanto o ex-juiz João Olinto tomava as decisões participando das assembleias da empresa proprietária do galpão onde o lixo foi armazenado, Luiz Olinto administrava a gestão financeira da empresa contratada pelo estado para coletar o lixo de 13 hospitais públicos do estado. Já Rodolfo Olinto vai responder pelo crime de falsidade ideológica.

A defesa da família Olinto disse que ainda irá tomar conhecimento do teor do inquérito policial antes de se manifestar.

Outras três pessoas, que seriam laranjas do esquema, também foram indiciadas:  Ludmila Andrade de Paula, Waldireny de Sousa Martins e José Hamilton de Almeida.

O Conexão Tocantins não conseguiu contato da defesa destes indiciados.

Entenda

No mês de novembro do ano passado uma grande quantidade de resíduo hospitalar foi encontrada em um galpão de uma empresa da família Olinto no Distrito Agroindustrial de Araguaína (Daiara.). Em 12 dias, foram coletados 90.610 quilos de resíduos de serviço de saúde, classe 1, sendo que desses 1.950 quilos estavam em um caminhão apreendido no Olyntho Hotel, também propriedade da família do deputado.

Uma outra quantidade de lixo também foi encontrada em uma fazenda da família em Araguaína.

A prefeitura de Araguaína contratou emrpesa especializada para recolher e descartar o lixo do galpão de maneira correta e também multou as empresas responsáveis em R$ 22 milhões. Após o escândalo o governo do estado rompeu o contrato de coleta de lixo hospitalar.