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Polí­cia

Defensor público Fabrício Brito durante atendimento aos detentos

Defensor público Fabrício Brito durante atendimento aos detentos Foto: Loise Maria

Foto: Loise Maria Defensor público Fabrício Brito durante atendimento aos detentos Defensor público Fabrício Brito durante atendimento aos detentos

A precariedade em saúde na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Palmas é uma realidade preocupante para a Defensoria Pública do Estado do Tocantins. Em vistoria na unidade prisional na quinta-feira, 31, a instituição identificou que a maioria dos presos das celas 01, 02, 03 e 04 apresenta manchas, coceiras no corpo, furúnculos, micoses e feridas expostas pelo corpo, até mesmo em partes íntimas.

O atendimento aos presos das celas chamadas especiais (01, 02, 03 e 04) foi feito pelo defensor público Fabrício Brito, coordenador auxiliar do Núcleo Especializado de Defesa do Preso (Nadep), com apoio de equipe de assessores, analistas e estagiários. Segundo relatos dos detentos, o atendimento médico é deficiente. Além disso, diversos presos reclamaram que não são prontamente atendidos pelos agentes quando necessitam dos serviços de saúde ou de algum medicamento.

O Núcleo apontou, ainda, a superlotação, onde estão abrigados cerca de 40 presos por cela em locais com capacidade para no máximo dez pessoas. Diante desta realidade, os presos dormem sem colchões, amontoados no chão ou necessitam se revezar, além de utilizarem dependências como o banheiro para abrigar, em média, cinco homens.

 celas projetadas para dez pessoas estão com até 40 detentos (Foto: Loise Maria)

Providências

Diante de tais circunstâncias, DPE-TO, por meio do Nadep, oficiou a Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça (Seciju) a tomar providências, encaminhando relatório da vistoria. O documento foi protocolado na sexta-feira, 1º de feveiriro, com cópia à direção da Casa de Prisão Provisória e também à gerência da empresa Embrasil, que atua na manutenção da CPP.

No documento, o Nadep pede o imediato encaminhamento dos reeducandos das celas especiais com algum tipo de doença de pele para atendimento médico, bem como a disponibilização do tratamento adequado, com a emissão de relatório pela equipe de saúde sobre a condição de saúde dos reeducandos e eventual identificação de doença transmissível; o monitoramento efetivo pelos profissionais de saúde da CPPP na identificação das patologias transmissíveis, garantindo-se o tratamento adequado e regular a todos os reeducandos; o atendimento dos presos que abrigam nas celas especiais superlotadas, a fim de averiguar possível interesse na transferência para os pavilhões, haja vista que muitos informaram que possuem convívio neles; dentre outros apontamentos.

 Detentos mostram marcas que sugerem doença de pele (Foto: Loise Maria)