Imagine um mundo em que robôs realizam cirurgias. E em que médico e paciente se comunicam pela tela de um computador, durante uma consulta. Imaginou? Pois saiba que este mundo não está, assim, tão distante. Na verdade, ele já existe, é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e chama-se telemedicina.
Em 2018, o CFM publicou Resolução nº 2.227/18. No texto, o órgão definiu e regulamentou a telemedicina, um novo método de prática da Medicina.
Segundo a resolução, a telemedicina é “o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde, podendo ser realizada em tempo real ou offline”.
Ou seja, a opção configura o atendimento médico realizado por meio de tecnologias de comunicação. Ela pode ser realizada, por exemplo, por meio do computador, em uma videochamada entre médico e paciente. Também é possível utilizá-la por aplicativos de mensagem, como o WhatsApp, e pelo uso de robôs controlados via internet.
Tudo isso, porém, conta com algumas regras. Afinal, é preciso garantir a eficácia do atendimento médico e o conforto do usuário. Para começar, o paciente deve concordar inteiramente com este tipo de atendimento. Do contrário, ele deverá ser realizado de modo presencial pelo especialista.
Outra norma sobre o assunto é que é necessário manter o sigilo médico-paciente, do mesmo modo que aconteceria em atendimentos presenciais. Isso mesmo que sejam utilizados aplicativos de mensagem, que costumam registrar, por tempo maior, o conteúdo trocado.
Para contar com esse tipo de atendimento, é preciso buscar um médico que utiliza da telemedicina ou, então, por uma clínica especializada que oferece uma equipe de médicos para consultas online.
Tipos de atendimento da telemedicina
São várias as modalidades de atendimento permitidas pelo Conselho Federal de Medicina. Cada uma delas possui regras específicas, para garantir o bem-estar completo do usuário. Veja a seguir.
Teleconsulta
Uma teleconsulta nada mais é do que uma consulta médica feita de modo remoto, virtual. Esse tipo de atendimento só pode ocorrer para o acompanhamento do quadro do paciente. Antes disso, porém, é necessário que o indivíduo tenha sido atendido de modo presencial por um médico.
Essa regra pode ser desconsiderada para locais de difícil acesso. Nessa situação, o atendimento pelo médico pode ser feito, desde o início, de modo virtual. No entanto, torna-se necessária a presença de um profissional de saúde, como um enfermeiro, junto ao paciente no momento da consulta online.
Telediagnóstico
O médico pediu exames para avaliação do seu quadro de saúde? Normalmente, seria necessário que você voltasse ao consultório do especialista, não é mesmo? Mas a telemedicina permite que o profissional avalie os testes à distância, e assim defina um diagnóstico.
Telecirurgia
Em uma telecirurgia, a operação é realizada por um robô, controlada à distância por um médico. Para garantir a segurança do paciente, é obrigatório que a sala de cirurgia conte com outro profissional médico. Assim, caso qualquer problema ocorra, como a queda de conexão com o robô, o segundo especialista pode dar continuidade ao procedimento.
Teletriagem
Já na teletriagem, o médico avalia os sintomas do paciente e o indica para o especialista adequado para o atendimento.
Telemonitoramento
Por fim, o telemonitoramento é utilizado par a avaliação de pacientes internados. Com ela, o médico não precisa ir ao hospital. Na verdade, ele pode apenas observar o avanço do quadro de saúde do indivíduo e prescrever as medidas necessárias. Assim, outro especialista da saúde poderá executá-las.
A evolução da Telemedicina
Embora pareça ser uma novidade no país, os pacientes brasileiros já contam com este serviço através de clínicas internacionais presentes no mercado há muito tempo. Como é o caso da Euroclinix.net, uma clínica online pioneira neste serviço, fundada em 2004 no Reino Unido e que oferece o atendimento médico à distância.
A clínica conta com uma equipe de médicos renomados e que também falam a nossa língua, além de prescreverem também medicamentos que são regulamentados pela Anvisa. Todo o serviço é regularizado e acompanhado por profissionais do ramo, como pede a legislação.
Há ainda muitas outras empresas que oferecem o mesmo tipo de serviço online no país e, com a expansão da tecnologia e as novidades da área, é provável que muitas outras empresas de saúde expandam seus serviços para o ambiente virtual, aproveitando essa evolução na área da saúde e a mudança no comportamento dos pacientes, que veem a consulta online como algo prático e vantajoso. (Fontes: O Globo, Conselho Federal de Medicina)