A presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet), Iolanda Bastos, negou que representantes do sindicato e professores da rede municipal de educação que aderiram à greve no município estejam impedindo alunos de acessar as escolas municipais. O secretário municipal de Educação e Cultura de Guaraí, Sebastião Mendes de Souza, denunciou nesta sexta-feira, 3, que os professores estariam impedindo os estudantes de irem à escola.
Segundo a presidente, os professores realmente não estão trabalhando em sala de aula, mas estão respeitando a norma de se manter a mais de 200 metros da escola. Segundo ela o que os educadores estão fazendo é um trabalho de conscientização com os pais dos alunos. “Os professores estão nos arredores das escolas, porém a mais de 200 metros, apenas informando aos pais de que não está havendo aulas porque a categoria está em greve”, explicou.
Ainda segundo a sindicalista, apenas 2 das 6 escolas municipais estão tendo aula, porém, a quantidade de alunos em sala não é suficiente para que haja aula. “São apenas 2 escolas que colocaram diretora para dar aula, ou estagiários e auxiliares de sala, que não têm preparo para ministrar aula. Alguns destes estagiários são da área da saúde. E de qualquer forma estas aulas terão que ser repostas, porque os alunos que não estão indo têm direito de reposição”, esclarece Iolanda.
A greve dos professores de Guaraí teve início nesta quinta-feira, 2, após a categoria decidir por greve geral em assembleia realizada no dia 23 de abril. A categoria reivindica o cumprimento da Lei do Piso Salarial do Magistério, manutenção do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) e cobram ainda o pagamento de retroativos da data-base pendentes, referente ao ano de 2017.
Após o anúncio de greve a prefeitura de Guaraí emitiu comunicado pedindo que a categoria declinasse da decisão e alegando que os argumentos que embasam o movimento de paralisação não se justificam em razão de que todos os pontos da pauta do sindicato já teriam sido atendidos pela gestão.
O Sintet afirma que a prefeitura não tem aberto diálogo com a categoria e que o movimento continua por tempo indeterminado.