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Caminhada contra o trabalho escravo realizada pelo Colégio Estadual Ademar Vicente Ferreira Sobrinho, de Araguaína

Caminhada contra o trabalho escravo realizada pelo Colégio Estadual Ademar Vicente Ferreira Sobrinho, de Araguaína Foto: Divulgação/ ONG Repórter Brasil

Foto: Divulgação/ ONG Repórter Brasil Caminhada contra o trabalho escravo realizada pelo Colégio Estadual Ademar Vicente Ferreira Sobrinho, de Araguaína Caminhada contra o trabalho escravo realizada pelo Colégio Estadual Ademar Vicente Ferreira Sobrinho, de Araguaína

Os resultados das ações do “Programa Escravo, nem pensar!” desenvolvido no Tocantins, ao longo de 2018, em 287 escolas da rede estadual de ensino, foram publicados em um caderno no site pela ONG Repórter Brasil nesta semana. A publicação destaca que o programa mobilizou as escolas em 92 municípios e conscientizou 181.024 pessoas.

As ações foram realizadas pela Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) em conjunto com a ONG Repórter Brasil, com o apoio do Ministério Público do Trabalho. Foram parceiros na ação a Comissão Pastoral da Terra e a Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo no Tocantins (Coetrae-TO).

O material traz um panorama do contexto de trabalho escravo e aliciamento no Estado, destacando, por exemplo, que dos 139 municípios tocantinenses, 82 já registraram casos de trabalho escravo. Assim, as ações foram realizadas prioritariamente em municípios suscetíveis ao aliciamento e exploração de trabalhadores.

Além disso, a publicação apresenta as principais experiências educacionais que deram vida ao projeto nas escolas, que, por sua vez, impactaram as comunidades locais, prevenindo trabalhadores dos perigos do trabalho escravo. Além dos dados, são apresentadas imagens das ações desenvolvidas em escolas de oito Diretorias Regionais de Educação (DREs).

De acordo com a gerente de Educação do Campo e Quilombola, Kátia Maria Moraes Marques, a Seduc e a ONG Repórter Brasil já estão trabalhando na implantação do projeto nas cinco DREs que ainda não haviam sido contempladas. “Já no segundo semestre, vamos iniciar as formações com os técnicos das Diretorias, que serão os multiplicadores do projeto nos municípios”, destacou.

Ainda de acordo com Kátia Maria Moraes Marques, o projeto teve grande repercussão entre alunos, professores e comunidade em geral. “Foram realizadas ações nas escolas, mas também houve mobilizações, reuniões, manifestações públicas em torno do projeto, visando conscientizar sobre o trabalho escravo”.

Além disso, atendendo à nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o tema do trabalho escravo também passou a fazer parte do currículo estadual da disciplina de história. A revista teve uma tiragem de 3 mil exemplares, mas também está disponível no site da ONG Repórter Brasil.