Trabalhadores e servidores públicos reúnem-se na Avenida JK em Palmas/TO nesta sexta-feira, 14, para dar início ao ato de manifestação do dia de greve geral nacional. Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Tocantins (CUT), José Roque, as pautas do protesto são a Reforma da Previdência e os cortes do Governo Federal na educação superior.
“Somos totalmente contra a Reforma da Previdência porque entendemos que ela impactará a vida dos trabalhadores e trabalhadoras negativamente e de forma direta. Nós defendemos uma previdência social, universal e solidária. Uma previdência única para todos os brasileiros”, manifestou Roque.
Também hoje estudantes e professores fecharam os portões da Universidade Federal do Tocantins em Palmas em adesão à greve geral. “Não houve nenhum ato na universidade porque iremos nos juntar ao ato geral na Avenida JK, mas os portões foram fechados e não haverá aulas”, informou Guilherme Barbosa, membro do DCE da UFT e militante do coletivo Kizomba.
Portões da UFT em Palmas amanheceram fechados e com faixas de protestoOs manifestantes devem iniciar logo mais uma caminhada pela Avenida JK em direção ao Palácio Araguaia. Pelo trajeto, carros de som, faixas e palavras de ordem irão transmitir à população a mensagem dos trabalhadores que aderiram à greve geral, como os cortes de verba na educação. “De início os cortes são na educação superior, mas também vão acontecer na educação básica e temos que nos posicionar sobre isso. Estes cortes representam o fim dos cursos, bolsas de estudo e o desmonte do sistema público de da educação”.
Para o dirigente do Sindicato Federal da Educação Básica, Técnica e Tecnológica (Sinasefe), Klaus Laino, o governo federal tem apostado em uma política de sufocamento dos mais necessitados para beneficiar o mercado. “O governo está querendo tirar dos mais pobres para beneficiar principalmente os bancos. É importante que a sociedade se mobilize pra cobrar desse governo políticas públicas socialmente válidas. Até o momento, por exemplo, não houve nenhuma política pública voltada para a geração de emprego”, ressaltou.
Educação
José Roque, que também preside o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet), informou que houve adesão de professores e demais profissionais das escolas públicas e que algumas unidades estariam fechadas nestas sexta-feira em todo o Estado.
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que, até o momento, constata-se que na DRE de Palmas, as aulas estão sendo ministradas normalmente, enquanto que na de Dianópolis, uma unidade escolar, na cidade sede da Diretoria, aderiu à paralisação.
A pasta informou ainda que continua fazendo um monitoramento junto às Diretorias Regionais de Educação (DREs) quanto à adesão das unidades escolares da rede e que respeita o direito à paralisação dos profissionais da educação, mas reforça que o calendário escolar precisa seguir a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação, que determina o cumprimento de 200 dias letivos. Desta forma, o dia letivo que não for cumprido deverá ser reposto, conforme calendário específico a ser elaborado por cada unidade de ensino.
Em Palmas, segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed), 4 escolas aderiram à paralisação: Escola Francisca Brandão; Cmei Sítio do Pica Pau Amarelo; Cmei Lucas Ruan; e ETI Sueli Reche. Cada unidade definiu uma data para a reposição de aulas.
Transporte
Quanto ao serviço de transporte público, a gestão municipal não foi informada sobre nenhuma ordem para redução da frota por parte do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Palmas (Seturb), e o sistema deverá funcionar normalmente.(Atualizada às 11h)