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Polí­tica

Foto: Aline Batista

Foto: Aline Batista

Os vereadores presentes à reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito do Previpalmas realizada nesta segunda-feira, 1º de julho, rejeitaram as emendas do vereador Tiago Andrino (PSB) que pedia a retirada dos nomes do ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) e do ex-secretário de finanças, Christian Zini, do relatório final da CPI, que apontaram os ex-gestores como responsáveis pelas aplicações temerárias de R$ 58 milhões. A CPI chegou ao fim após 10 meses de trabalho. 

Dos 5 vereadores presentes, 3 votaram contra a emenda de Andrino. Apenas o próprio autor que é o principal aliado de Amastha na Casa de Leis e o vereador José do Lago Folha Filho (PSD) foram favoráveis. 

Segundo Andrino, ao analisar o relatório, ele não teria constatado nenhuma evidência de que Amastha e Zini tenham participado de atos ilícitos na gestão do Previpalmas. “Ouvimos aqui diversas testemunhas e nenhuma delas citou participação do secretário e prefeito”, disse o vereador.

O relatório da vereadora Laudecy Coimbra (SD) foi apresentado na última sexta-feira, 28, e atribui responsabilidades pelas aplicações ao ex-presidente do Instituto, Maxcilane Fleury; Christian Zini, então secretário de Finanças, e Fábio Costa Martins, que ocupava o cargo de diretor de investimentos. Entretanto, o texto ainda vê participação “solidária” do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB). 

Na reunião desta segunda, a relatora alertou o vereador Tiago Andrino de que o relatório não é inquisitivo e nem condenatório, mas sim um documento que que será submetido aos órgãos responsáveis pelas investigações. Laudecy Coimbra recusou-se a fazer qualquer alteração no texto. “Meu relatório  vai continuar da maneira como apresentei inicialmente”, disse a relatora diante das argumentações de Andrino de que as emendas seriam apenas para “deixar o relatório mais técnico e completo”.

Claramente desconfortável, o presidente da CPI, vereador Milton Neris (PP) reforçou que a comissão não imputa dolo ou culpa a ninguém. Neris leu trechos dos depoimentos contidos no relatório nos quais testemunhas citavam o então secretário de finanças. “Quando se fala que Christian Zini não participou do relatório é porque não leu o documento”, disse Neris, e completou, “isso aqui não é uma pizzaria, é uma CPI”.

Sem alterações, o relatório final aprovado será entregue à Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual com suas conclusões, para as providências dos órgãos competentes.