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Polí­cia

Andrino, Amastha e Marlon Reis reuniram a imprensa para revelar suposta utilização da polícia para perseguição política.

Andrino, Amastha e Marlon Reis reuniram a imprensa para revelar suposta utilização da polícia para perseguição política. Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Andrino, Amastha e Marlon Reis reuniram a imprensa para revelar suposta utilização da polícia para perseguição política. Andrino, Amastha e Marlon Reis reuniram a imprensa para revelar suposta utilização da polícia para perseguição política.

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Tocantins (Sindepol/TO), através do presidente Bruno Azevedo, divulgou nota de repúdio na noite dessa quarta-feira, 20, pronunciando-se sobre afirmações do presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Amastha, de perseguição política. 

Amastha, o deputado federal Tiago Andrino (PSB) e o advogado Marlon Reis reuniram a imprensa na tarde de quarta para revelar suposta utilização da Polícia Civil para perseguição política, dirigindo ao delegado Guilherme Rocha a acusação de que ele sugeriu forjar flagrante para prejudicar a campanha do grupo na eleição de 2018. Como prova, o grupo apresentou um áudio com a suposta voz do delegado e, durante a reunião, o ex-prefeito emocionou-se e disse estar a mais de semana dormindo com a ajuda de medicamentos. Marlon Reis, por sua vez, informou que provocará a Corregedoria da Polícia Civil para que haja o afastamento do delegado. 

Na nota de repúdio, o Sindepol desqualifica o áudio. "Não tem a comprovação oficial de integridade e de correspondência com qualquer caso concreto". O Sindicato refere-se diretamente à Amastha e ao advogado Antonio Ianowich - responsável por parecer técnico utilizado como prova e que também falou com a imprensa sobre o caso. A presidência do sindicato afirma ser de conhecimento público que o advogado  Ianowich responde a inquéritos instaurados pela Dracma/Decor, sendo condenado, em 1ª instância, por corrupção em ação penal decorrentes de investigações presididas pelo delegado Guilherme Rocha. "O que invariavelmente demonstra que suas acusações, completamente fora de contexto, são resultado de retaliações de cunho meramente pessoal". 

Segundo o Sindicato, o delegado Guilherme Rocha atuou em diversos procedimentos de corrupção e que ele é que foi vítima de uma das maiores perseguições políticas já constatadas na história do Tocantins. 

O frisado pela presidência que o Sindepol buscará os órgãos competentes visando uma ampla investigação com o fim de estabelecer a verdade em cada caso, bem como apurar responsabilidades por eventuais denúncias infundadas e práticas ilícitas. 

Confira a Nota de Repúdio do Sindepol na Íntegra:

Nota de Repúdio 

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Tocantins (Sindepol/TO) vem a público manifestar repúdio às ilações apresentadas pelo Advogado Antonio Ianowich e o senhor Carlos Amastha, os quais, em coletivas de imprensa, atacaram o Delegado de Polícia Guilherme Rocha, por uma suposta cogitação de flagrante forjado contra o ex-prefeito de Palmas-TO, bem como outros Delegados de Polícia, não identificados, por eventuais ações ilícitas.

Inicialmente, verifica-se que o áudio exposto pelo advogado, além de não ter qualquer relação com a denominada Operação Caninana da Polícia Federal, na qual ele representa alguns policiais civis, não tem a comprovação oficial de integridade e de correspondência com qualquer caso concreto.

Além disso, é de conhecimento público que o advogado Antonio Ianowich responde a inquéritos policiais instaurados pela DRACMA/DECOR, sendo condenado, em primeira instância, por corrupção em ação penal decorrente justamente de investigações presididas pelo Delegado Guilherme Rocha, o que invariavelmente demonstra que suas acusações, completamente fora de contexto, são resultado de retaliações de cunho meramente pessoal.

Importante ressaltar, ainda, que o Delegado Guilherme Rocha atuou em diversos procedimentos de combate a corrupção, sendo, em razão disso, vítima de uma das maiores perseguições políticas já constatadas na história do Tocantins, conforme se observa em inquérito recente da Polícia Federal.

Destarte, a tentativa de investigados de atacar o Delegado de Polícia com o intuito de fragilizá-lo e colocá-lo sob suspeita, a fim de semear eventuais nulidades, é prática antiga, mormente quando não possuem argumentos e provas plausíveis aptas a afastarem suas responsabilidades criminais. No tocante as acusações genéricas a outros Delegados de Polícia, não especificados nas coletivas de imprensa, baseadas em supostas gravações ambientais clandestinas, o Sindepol-TO buscará os órgãos competentes visando uma ampla investigação com o fim de estabelecer a verdade em cada caso, bem como apurar responsabilidades por eventuais denúncias infundadas e práticas ilícitas.

Assim, esta Entidade Sindical reafirma seu compromisso com a transparência e legalidade e não se quedará inerte ante as supostas tentativas de intimidação e exposição dos integrantes da carreira de Delegado de Polícia Civil.

Palmas-TO, 20 de julho de 2022

Bruno Azevedo

Presidente do Sindepol-TO

(Bruno Azevedo, presidente do Sindepol).