Com o objetivo de enfrentar a temática da automutilação, depressão e suicídio entre jovens de Palmas, o Ministério Público do Tocantins deu início, na manhã desta quinta-feira, 4, a mais uma etapa do projeto Cultura MP. O lançamento reuniu representantes das entidades parcerias na sede do MPTO, em Palmas.
A iniciativa é da 21ª Promotoria de Justiça da Capital, que tem como titular a promotora Zenaide Aparecida da Silva. Segundo ela, a intenção é implementar ações de prevenção por meio de oficinas de poesia, música, grafite e dança, entre outros elementos da cultura hip-hop. “Queremos mobilizar e sensibilizar a sociedade para a promoção da saúde mental de crianças e adolescentes, utilizando a cultura hip-hop como ferramenta de diálogo”, explicou.
Para Júlia Albuquerque, líder do movimento Unidos Por um Mundo Melhor (UPMM), um dos parceiros do projeto, a ideia é utilizar uma linguagem moderna para sensibilizar os estudantes que, muitas vezes, não conseguem externas suas angústias. “É um papo de jovem para jovem, para quebrarmos o tabu de falar sobre o suicídio e a solidão da depressão”, conta Júlia.
A campanha foi criada com a participação de crianças, adolescentes e jovens que utilizam os elementos da cultura hip-hop como forma de expressão. Uma página do projeto reúne informações sobre o tema, músicas e clipes produzidos especialmente para a campanha (clique aqui para acessar o conteúdo).
No cronograma do projeto Cultura MP estão previstas oficinas de formação política e intervenções práticas. O público-alvo são adolescentes de 14 e 15 anos, de três escolas públicas de Palmas. As atividades serão iniciadas no mês de agosto, após as férias escolares.
Prestigiaram o lançamento da campanha o promotor de Justiça, Konrad César Resende Wimmer, titular da 20ª Promotoria de Justiça da Capital; a secretária estadual da Educação, Juventude e Esportes, Adriana Costa; a defensora Pública Fabiana Razera Gonçalves; a representante do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca Glória de Ivone) Bárbara Xavier; e o coordenador do Centro de Valorização da Vida (CVV) em Palmas, Frank Toshimi Tamba; além de líderes comunitários e integrantes de movimentos sociais.
A campanha de prevenção da automutilação e do suicídio de crianças e adolescentes conta com o apoio de uma série de entidades, como UPMM, Cedeca, CVV, Cidade Perifa, Rap Original, Prefeitura de Palmas e Defensoria Pública do Estado.