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Polí­cia

Presídio Barra da Grota em Araguaína, onde um preso foi esquartejado nesta segunda, 5

Presídio Barra da Grota em Araguaína, onde um preso foi esquartejado nesta segunda, 5 Foto: Divulgação/ Seciju

Foto: Divulgação/ Seciju Presídio Barra da Grota em Araguaína, onde um preso foi esquartejado nesta segunda, 5 Presídio Barra da Grota em Araguaína, onde um preso foi esquartejado nesta segunda, 5

Diante dos mais recentes problemas no sistema penitenciário nacional, especialmente o massacre que deixou 57 mortes no presídio de Altamira/PA, no último dia 29, a Secretaria de Cidadania e Justiça do Estado (Seciju) apressou-se para explicar as recentes mortes dentro de unidades prisionais no Tocantins.

Nesta terça-feira, 6, o secretário da pasta Heber Luís Fidelis Fernandes, disse que “essas três mortes são fatos isolados, não têm correlação, e também têm motivos em comum”.

Nos último 4 dias, 3 mortes de detentos foram registradas no estado. No caso mais recente, ocorrido em Araguaína nesta segunda-feira, 5, um homem foi esquartejado no presídio Barra da Grota.

No último domingo, 4, Gernilson Vieira de Sousa, de 35, foi encontrado morto em um dos pavilhões da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP); já em Gurupi, na última sexta-feira, 2, um outro preso foi encontrado morto na Casa de Prisão Provisória, três dias após ter sido preso.

O curto espaço de tempo entre os casos fez crescer um receio de que as mortes pudessem estar relacionadas a briga de facções, a exemplo do que ocorreu no estado vizinho no final do mês de julho. Mas para Heber Fidelis, os casos não têm relação com facções criminosas. De acordo com o secretário, as mortes em Araguaína e Palmas são uma espécie de “protesto” dos presos pelo aparelhamento das unidades prisionais. “Junto com a morte vieram alguns bilhetes de dentro dos pavilhões informando que isso estava acontecendo como forma de protesto pelo aparelhamento que estamos colocando dentro das unidades”, explicou.

Segundo Heber Fidelis, a Seciju tem instalado nas unidades equipamentos bloqueadores de sinal de celular e body scanners desde o final do ano passado, o que teria causado “revolta” entre os presos.

Já a morte do preso em Gurupi, segundo ele, teria sido um caso de suicídio. “A polícia civil está terminado de investigar, mas tudo leva a crer que foi um suicídio. Pela forma como foi encontrado, pelo depoimento de outros presos”, disse.

Alerta

Apesar de afirmar que os casos não têm relação com briga entre facções criminosas rivais, o secretário disse que o Estado está em alerta para a movimentação de membros destes grupos nos presídios e casas de prisão do estado, após o ocorrido no estado do Pará. “Estamos em alerta, principalmente os estados do norte, pelo ocorrido no Pará, mas, por enquanto, essas mortes não estão ligadas a isso”, esclareceu.

Por determinação da justiça, presos de facções rivais no Tocantins devem ficar em pavilhões separados das unidades prisionais, sempre que possível.