A Justiça Federal decidiu manter a prisão preventiva de José Edmar Brito Miranda Júnior, irmão do ex-governador Marcelo Miranda. A defesa de Brito Júnior pediu ao juiz durante a audiência de custódia que o preso fosse mantido em uma sala do Comando da Polícia Militar (PM), mas o pedido foi negado.
Desde que foi preso nessa quinta-feira, 26, Brito Júnior tem sido mantido em uma cela especial da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). Durante a audiência de custódia desta sexta-feira, 27, Brito Júnior compareceu vestido com o uniforme laranja da unidade prisional.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Brito Júnior era responsável por aliciar laranjas para o esquema criminoso de lavagem de dinheiro operacionalizado pela família Miranda, e que teria causado um prejuízo de aproximadamente R$ 300 milhões de reais aos cofres públicos do Tocantins.
Segundo a Procuradoria da República, ele atuava como operador financeiro do esquema de corrupção, com o objetivo de que o dinheiro sujo fosse fosse lavado. ”Brito Júnior seria o responsável por arregimentar “testas de ferro” ou “laranjas” para auxiliar o núcleo familiar no branqueamento de capitais. Além disso, o acusado é apontado, juntamente com seu irmão Marcelo Miranda, como o proprietário de fato de bens (fazendas, veículos, aeronaves e recursos em espécie), supostamente recebidos a título de propina ou doações eleitorais”, assinala o MPF no pedido de prisão.
A defesa da família informa que já prepara recurso para pedido de liberdade de Brito júnior e Marcelo Miranda. Já o ex-secretário de infraestrutura, Brito Miranda, pagou fiança de cerca de R$ 200 mil e vai responder em liberdade.