A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reativou nesta sexta-feira, 4, no Anexo 1 da SES, as atividades da Sala Estadual de Combate ao Aedes Aegypti, com reunião de várias entidades parceiras para a definição de ações e estratégias para o controle do vetor da Dengue, Chikungunya e Zika. A intenção é realizar por meio da sala atividades conjuntas de mobilização entre os diversos setores do governo, devido ao preocupante cenário epidemiológico apresentado este ano, com índices alarmantes das doenças relacionadas ao Aedes.
Em todo o Tocantins, em 2018, foram confirmados até o início do mês de setembro, 1.311 casos de dengue, contra 11.532 casos confirmados em 2019, um aumento de 780%. Oito óbitos foram registrados nos municípios de Gurupi, Itacajá, Miracema do Tocantins, Palmas (02), Paraíso do Tocantins, Pedro Afonso e Tocantínia.
Com relação à Chikungunya este ano, onze municípios (Araguaçu, Araguaína, Araguatins, Colmeia, Dianópolis, Gurupi, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional, Santa Tereza, Sucupira e Tocantinópolis) confirmaram casos da doença. Em 2018 foram registrados 70 casos, contra 47 este ano, uma queda de 32%.
Quando verificados os dados de Zika, até o momento, 24 municípios confirmaram casos (Araguaína, Araguatins, Brejinho de Nazaré, Carrasco Bonito, Colmeia, Formoso do Araguaia, Fortaleza do Tabocão, Guaraí, Itaporã, Monte do Carmo, Nazaré, Palmas, Palmeirante, Paraíso, Pedro Afonso, Pequizeiro, Ponte Alta do Bom Jesus, Porto Alegre, Porto Nacional, Riachinho, Santa Tereza, Taguatinga, Tocantínia e Tocantinópolis). No total foram confirmados 168 casos em 2019, aumento de 250% comparado com o mesmo período de 2018, que registrou apenas 48 casos de Zika.
Segundo o gerente de Vigilância Epidemiológica das Arboviroses, o biólogo em Saúde, Evesson Farias de Oliveira, está circulando no Estado o sorotipo DEN 2, um vírus com maior tendência para agravamento dos casos. “Estamos com maior número de casos graves da última década, nunca tivemos números tão alarmante como este, já houve oito óbitos no Estado este ano, quase um por mês. Situação muito preocupante que deixa todos os serviços de saúde em alerta. Mesmo no período de estiagem no Estado houve registro da doença e infestação do mosquito, a tendência é piorar a infestação e aumentar o número de casos com o inicio do período de chuvas”, ressalta.
Sala de Situação
A Sala é composta pelas Secretarias de Saúde, Secretaria do Trabalho e Assistência Social (Setas), Secretaria de Educação (Seduc), além da Polícia Militar do Tocantins, Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins, Defesa Civil Estadual, Casa Civil, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Tocantins (Cosems-TO), Distrito Sanitário Indígena (DSEI/TO) e Ministério da Saúde.