O Ministério Público Estadual (MPE), através da Promotoria de Justiça de Arapoema/TO, instaurou inquérito civil público para investigar suposto uso indevido de maquinário da prefeitura pela prefeita Lucineide Parizi Freitas, conhecida como professora Lu.
O procedimento foi aberto pelo promotor Caleb de Melo Filho, após apresentação de denúncia pelos vereadores Ricardo Carlos da Silva, presidente da Câmara de Arapoema, e Divino Rodrigues de Oliveira.
De acordo com a denúncia, no dia 1º de abril, a prefeita, e o esposo dela, Renato Freitas Júnior, que é secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos, usaram maquinário agrícola, que é patrimônio do município, na fazenda Guarani, de propriedade do casal.
Em diligência posterior, o promotor identificou que no dia 2 de abril, por volta das 4h da madrugada, as máquinas foram levadas para uma outra propriedade, a Fazenda Santa Maria, a cerca de 15km da fazenda da prefeita. “Foi constatado que efetivamente dois equipamentos (um scrap agrícola e um terraceador agrícola, com 22 lâminas) lá se encontravam, sendo que no momento da diligência o Sr. Fernando [proprietário da fazenda] falou ao telefone que efetivamente tais maquinários chegaram a sua propriedade por volta das 4h da manhã”, consta na abertura do inquérito.
Ainda de acordo com o promotor, a transferência do equipamento de madrugada foi confirmada por um funcionário da fazenda. “Um terceiro equipamento (um arado agrícola), também de propriedade do ente público estaria trabalhando na fazenda dos investigados, porém não foi levado para a Fazenda Santa Maria”, informou.
O promotor solicitou ao delegado da Polícia Civil de Arapoema que utilize um drone para fazer imagens o mais próximo possível do local do suposto uso na Fazenda Guarani, bem como fazer um sobrevoo no itinerário entre as fazendas Guarani e Santa Maria e, se o caso, nas imediações, para localizar a grade de arado referida na representação.
A prefeita Lucineide Parizi Freitas, e o secretário Renato Freitas Junior, foram notificados e têm até 15 dias para apresentarem resposta por escrito. Se comprovados, os fatos podem configurar infração penal.
A reportagem do Conexão Tocantins tenta contato com a prefeita, ou seu marido.