Novos planos museais para o Museu do Estado do Tocantins – Palacinho e o Memorial Coluna Prestes, e o planejamento para a reabertura destes equipamentos após a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Estas importantes notícias foram apresentadas na tarde desta última terça-feira, 19, durante videoconferência com o tema “Igualdade, Diversidade, Inclusão”.
O encontro virtual foi realizado pela Superintendência de Cultura da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc) e contou com a participação de especialistas em museologia, patrimônio histórico e biblioteconomia, que trataram desses espaços a partir de sua importância na salvaguarda do conhecimento e como vetores da educação e da inclusão social. A ação integra a programação da 18ª Semana Nacional de Museus, evento realizado anualmente pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), autarquia federal vinculada ao Ministério do Turismo.
Presidente da Adetuc e secretário de Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Tom Lyra lembrou a participação da sociedade na reforma do Palacinho e pontuou ações que estavam previstas para este ano, que agora passam por uma reformulação. “Acreditávamos que este seria o ano da integração turismo-cultura-museus”, disse, lembrando que os museus são vetores naturais da igualdade social, e que o Tocantins tem como um de seus desafios promover essa aproximação com as camadas mais vulneráveis.
Tom Lyra informou ainda que, após a reforma, entregue no mês de novembro, a visitação ao Palacinho aumentou em 40%. “Nada é tão prazeroso como entrar num museu e reconhecer nossa história”, refletiu, lembrando que um dos projetos a serem apresentados ao governador Mauro Carlesse é o incentivo de visitações de estudantes e servidores públicos aos museus.
Cejane Pacini Leal Muniz, superintendente substituta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Tocantins, pontuou o trabalho da entidade, que não se restringe a conservação patrimonial, mas também a promoção de ações de educação, conservação, inclusão social, acessibilidade à memoria nacional. Lembrou que os prédios tombados que abrigam museus podem aceitar algumas intervenções que não promovam descaracterização física.
Valdirene Gomes, coordenadora interina do curso de Turismo Patrimonial e Socioambiental da UFT, campus de Arraias, e coordenadora do Projeto Gestão e Usos do Museu Histórico e Cultural de Arraias ressaltou a capacidade transformadora dos museu, que precisam ser planejados sob os aspectos da promoção da igualdade e da acessibilidade, para que não reforcem as desigualdades. Por fim, se prontificou a desenvolver projetos em parceria com o Governo do Estado voltados a preservação do patrimônio histórico e cultural, em especial da região sudeste.
Também participaram da videoconferência, Geovana Lima, promotora cultural em Literatura Sesc Tocantins, e Alessandra Batista, coordenadora da Biblioteca do campus de Porto Nacional da Universidade Federal do Tocantins (UFT), que pontuaram suas experiências de acessibilidade junto a comunidade estudantil.
O debate foi mediado pela museóloga da Adetuc, Liliane Bispo, e também contou com a participação da superintendente de Cultura, Lorena Ribeiro, que fez um balanço positivo da iniciativa.