O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (SINTET) protocolou nesta segunda-feira, 20, ofício que solicita a suspensão das aulas na rede estadual de ensino, inclusive as de forma remota. O sindicato alega falta de segurança sanitária para proteger os profissionais e alunos.
O Tocantins, conforme último boletim já soma com mais de 16 mil casos e 271 vítimas (dados oficiais em 16.05.20), além da pandemia já estar se alastrando na quase totalidade dos municípios tocantinenses.
O sindicato alega ainda o baixo grau de testagem da população e a estrutura da maioria das unidades de ensino com pouca ventilação, água potável e a desinfecção prometida pelo governo e não realizada até o momento.
Outro fator de risco segundo o sindicato, é o perigo de contaminação nas entregas e recebimento de material pedagógico para as aulas remotas e o fluxo nas escolas, uma vez que estes profissionais não receberam por parte da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) equipamentos de proteção. Além disso, o ensino remoto mediado por novas tecnologias tem demonstrado baixa participação dos estudantes, ampliando assim a exclusão social.
Ainda segundo o Sintet, os estudantes não recebem equipamentos, acesso digitais e quase nenhum apoio e por isso estão distantes das atividades. Por sua vez, os professores estão abandonados, sendo obrigados a se virar com essa nova realidade.
Vários estados, a exemplo de São Paulo e DF, que projetavam iniciar as aulas também de forma gradual e presencial a partir de agosto, reavaliaram e suspenderam por enquanto o retorno.
“Ano letivo a gente recupera, vidas não”, enfatiza o presidente do Sintet, professor José Roque Santiago, que cobra por parte da Seduc uma resposta imediata.