Um grupo de ativistas sociais e políticos realiza na manhã desta terça-feira, 18, um ato simbólico em frente a Câmara de Palmas contra a reeleição de vereadores da atual legislatura. O grupo é formado por membros do SOMOS, movimento que propõe um projeto de mandato coletivo para a Câmara de Vereadores da Capital.
No ato, além do protesto pela não reeleição de parlamentares, o coletivo também protesta contra o abuso de poder por parte de alguns vereadores contra servidores públicos. Na semana passada, um vídeo circulou nas redes sociais no qual o vereador Felipe Fernandes (DEM) aparece discutindo com fiscais da Guarda Metropolitana de Palmas em uma fiscalização em uma conveniência no centro da capital que estaria funcionando em horário proibido por decreto municipal.
Na manifestação desta terça, os representantes levaram faixas para a frente da Câmara nas quais fazem alusão ao episódio citado acima, e também apelam à população que não votem novamente nos mesmos políticos. “Vereador não é patrão, é empregado!” e “Não reeleja vereadores em Palmas. Com seu dinheiro eles andam de carros de luxo. Você anda de que?”, são algumas das propostas sustentadas pelos manifestantes.
O grupo divulgou ainda nas redes sociais imagens dos carros pagos com dinheiro público que são utilizados pelos parlamentares. “Esses são os carros usados para quase todos os vereadores de Palmas que ganham + de R$ 12 mil. Enquanto um cidadão consegue pagar com seu salário transporte, aluguel, refeições e suas contas, os parlamentares vivem em uma realidade paralela”, alertaram.
Coletivo divulgou imagem de carros alugados pela Câmara para uso dos parlamentares“Nós não queremos ser representados por essas pessoas que não nos representam. Estamos aqui em frente a Câmara Municipal de Palmas nos manifestando contra a reeleição. Vereador não é profissão. Vereador não pode desrespeitar funcionários”, disse uma das representantes do movimento, a administradora Thamires Lima.
Na semana passada, o SOMOS protocolou junto ao Ministério Público Estadual (MPE) uma solicitação contra a criação de cargos comissionados na Câmara de Palmas. No pedido, os representantes relembrou da decisão judicial que determina a paridade na proporção de servidores comissionados e contratados no Legislativo Municipal, de 50% para 50%.