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Foto: Divulgação

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O deputado estadual, professor Júnior Geo (PROS), entrou na política em 2012 quando foi eleito vereador de Palmas. Já em 2018, Geo concorreu ao parlamento estadual alcançando sucesso e atualmente ocupa umas das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa do Tocantins. Professor de carreira há muitos anos, o pré-candidato ao Executivo da Capital diz que uma das principais bandeiras em sua campanha é a Educação. Ele também afirma que não segue a política tradicional e, caso eleito, pretende construir um governo baseado nos interesses da sociedade, com muito estudo e ciência. 

Confira abaixo a entrevista com o pré-candidato à Prefeitura da capital. 

Conexão Tocantins – Por que se tornar pré-candidato à Prefeitura de Palmas?

Junior Geo - Todos nós temos um pouco de prefeito. Ao andar na cidade vemos defeitos, tentemos buscar possíveis soluções. Eu vejo no tempo que estou em Palmas, na realidade conheço Palmas desde o início, vejo que precisamos mais de gestão e menos política. De pessoas que têm capacidade de gerir, correr atrás e buscar através da ciência soluções para os problemas que vivemos. E eu também tenho um pouquinho disso e aquilo que não tenho conhecimento vou atrás de alguém que tenha para que possa me orientar e nos ajudar para que possamos fazer o melhor para a cidade. Diante do problema que enfrentamos, com essa pandemia, eu vejo a necessidade de termos medidas mais eficientes para que possamos juntos trabalharmos por uma solução adequada e para isso é necessário estudar. É necessário verificar o que aconteceu em outros países, quais foram as medidas e soluções adotadas que deram certo. Acredito que possa contribuir para a solução desse problema também.

CT - Por que o senhor resolveu dividir sua vida entre a política e a sala de aula? 

Diante dessa pergunta eu acho que não decidi dividir entre a política e a sala de aula, mas entre a sala de aula, a qual eu estava inserido, com a política. Eu vejo que posso contribuir através dela para ajudar a mudar a vida de muitos palmenses, muitos deles foram meus alunos. Além disso, vi a cidade nascer, venho acompanhando o crescimento da Capital. Enquanto estive no Legislativo Municipal pude participar de muitas decisões importantes e quero contribuir mais. Por isso resolvi dividir a minha vida, como professor, para contribuir um pouco mais através da atividade política e pública, a fim de possamos ter uma qualidade de vida melhor.

CT - O que o senhor acredita que deve ser transformado na cidade?

Um fator principal que vejo é o desenvolvimento de projetos na área social, um exemplo a Casa da Mulher Brasileira, que é um projeto nacional com recursos federais. Teve um projeto no passado denominado Palmas Acolhe, com recursos federais que atendia pessoas que se encontravam em situações de vulnerabilidade nas ruas. Nós temos também que promover a capacitação e a valorização dos servidores públicos. Investimento em infraestrutura, que muito precisa em diversas áreas do Município. Nós podemos fazer o videomonitoramento para promover mais segurança aos comerciantes e à população em geral que circula pelas ruas da Capital. Tem muita coisa que pode contribuir com o avanço da tecnologia para essa segurança. Para o conforto e melhor qualidade de vida. Têm muitas obras de Infraestrutura para fazer que Palmas deixa muito a desejar, mesmo sendo uma capital planejada.

CT – O senhor afirmou que é um nome novo fora da política tradicional em Palmas. O que o senhor quis dizer com a afirmação? Podemos esperar um político menos conservador?

Quando digo que desenvolvo um trabalho fora da política tradicional, me refiro ao fato de que costumo fazer uso de tecnologias, de conversas com a população através das redes sociais. Faço muito isso! Não me baseio em estar na situação, ou seja, na base do Executivo, seja Municipal ou Estadual. Não voto por interesse de um pequeno grupo. Minhas votações são baseadas normalmente no que eu acredito que é correto e, é claro, com embasamento técnico através de uma mão de obra qualificada, que me assessora em cada projeto de lei. Promovo a fiscalização, que eu acho que é uma das principais funções do Legislativo, que é fiscalizar, apontar o erro, uma possível solução e tentar construir o que for melhor através desta política voltada para a sociedade, sem defender lado A ou lado B, mas defender o que é certo. Eu me baseio dessa forma desde o início, desde o momento que entrei como vereador nas eleições de 2012 até o presente momento.

CT - O senhor se apresenta como um candidato fora da política tradicional, mas vem conversando com partidos e lideranças políticas tradicionais e que fazem parte de um cenário conservador na cidade, a exemplo do deputado Eli Borges. Não pode haver incoerência no discurso?

Quando me refiro a ser um candidato fora da política tradicional, me refiro a forma de fazer política. Não tenho nada contra àqueles que permanecem na política há muito tempo ou que desenvolvem a política tradicional. Por isso mesmo, converso com eles, procuro adquirir o conhecimento que eles detêm, vou assimilando o que eu acredito que se torna positivo ou como possa se adaptar à minha forma de fazer política. E duas cabeças, três, quatro cabeças pensam mais que uma.Acredito que juntos nós podemos buscar uma solução mais adequada, concreta e que possa atender melhor todos os setores da sociedade. Por isso, venho conversando com os mais diversos pré-candidatos e buscando uma coesão, um projeto melhor e maior para Palmas.

CT – Quais as bandeiras o senhor pretende defender?

Logicamente defender Educação quando me pergunta sobre bandeiras a serem defendidas. A Educação é apenas a base de um tripé: Educação, Saúde, Segurança... Mas nós precisamos investir mais em saúde pública, segurança pública através de tecnologias inteligentes. Precisamos valorizar o uso da ciência, fazer parceira com as instituições de ensino superior com o uso de tecnologia, inovação... Promover através dessas parcerias, por exemplo, a adoção de mobilidade urbana, de acessibilidade para as pessoas que são portadoras de deficiência, e é claro, tentar melhorar a qualidade. Negociar com a empresa que faz uso do transporte coletivo urbano de Palmas para melhorar a qualidade do serviço. Se o serviço é caro demais, se o serviço presta má qualidade, vamos então rever com essa empresa a possibilidade ou de melhorar a qualidade com o valor que é cobrado ou, quem sabe até, de reduzir o valor cobrado e melhorar a qualidade do transporte público. Precisamos fazer com que a sociedade seja bem atendida, com que os impostos cheguem ao cidadão de forma correta, para que nós vejamos a população satisfeita e que tenhamos uma cidade com cara de desenvolvimento que Palmas merece. É a última capital planejada do século XX e esse planejamento tem que se mostrar presente além do nome, da palavra ou da frase de 'ser planejada' e fazer tudo isso com a máxima transparência pública.

CT – Os servidores da educação sempre foram um gargalo da gestão municipal. O senhor vem da sala de aula, como pretende lidar especificamente com a educação em sua gestão?

A Educação acima de tudo necessita de respeito. Eu vivenciei a última greve que os professores municipais fizeram, os quais ficaram acampados na Câmara Municipal. Vivenciei muitos momentos ali durante todos os turnos, estive presente com muitos professores e vejo a necessidade de promover o respeito a toda categoria. Uma Educação valorizada é uma sociedade bem servida e precisamos fazer isso. Precisamos respeitar! Precisamos valorizar! Estabelecer um contato direto com os servidores da Educação, com a Educação de forma geral, para que nós possamos, juntos, buscarmos soluções para os problemas encontrados diante, principalmente, da vivência que eles têm dentro das mais diversas unidades de ensino do Município.

CT – O senhor entrou na política em 2013 como vereador de Palmas. Já em 2018 foi eleito como deputado estadual. O que mudou no senhor de lá para cá?

Amadureci mais. Conheci mais. Entendo mais dos problemas sociais que se encontram em Palmas, das mais diversas reuniões que fizemos com os moradores dos quatro cantos da Capital, das mais diversas reuniões com servidores de todas as pastas do Município, podemos acompanhar melhor os problemas enfrentados por cada um deles, as possíveis soluções a serem adotadas... Aceitei o desafio com o propósito de estar à frente na busca das soluções e por isso me coloquei à disposição. Pediram! Aceitei e acredito que posso contribuir muito ainda com nossa Capital.

CT – Caso vença as eleições do dia 15 de novembro e imaginemos um cenário ainda dentro da pandemia em janeiro de 2021, o que pretende fazer ao iniciar o comando do Executivo em relação ao controle da Covid-19 em Palmas?

É necessário se basear em estudos para que se possa desenvolver um planejamento mínimo em relação ao combate da Covid-19. Que medidas poderiam ser adotadas inicialmente? Três palavras define isso de forma mais objetiva: testagem, rastreamento e isolamento das pessoas infectadas. Se você não faz o teste, você não consegue rastrear o vírus e não consegue isolar as pessoas. Então desta forma, nós conseguiríamos conter o avanço da pandemia em nosso município ou, pelo menos, ajudaria a conter esse avanço que se encontra em Palmas. Com planejamento e eficiência, uso da ciência e dos estudos que já foram utilizados em outros países, e que deu certo, nós podemos adaptar, ampliar ou fazer o mesmo em Palmas. Além disso, utilizaria um sistema para favorecer o processo de fiscalização na aquisição de produtos, uma vez que, se não houver a necessidade de licitação em função do decreto de calamidade pública, que possa utilizar o máximo o gasto do dinheiro público com maior eficiência, evitando supervalorização de produtos superfaturados a serem adquiridos pelo município. Além de otimizar o uso do recurso para ampliar a atenção da pandemia com o pouco que a gente possui ou vem sendo repassado por parte do Governo Federal para atender essa demanda.     

CT – Como o senhor avalia o governo da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB)?

Não me sinto bem representado pela forma que atual gestão municipal vem sendo desenvolvida, mas nem por isso vou atacar ou agredir a atual gestão. Eu acredito que tudo tem que ser feito da melhor forma e com o respeito devido. Eu me coloco agora como posição de pré-candidato justamente para buscar essa representação, de poder fazer parte dessa mudança. Busco fazer e quero ver acontecer a solução dos problemas que vem sendo enfrentado no período de pandemia.