O ex-senador Ataídes Oliveira (PP) disse nesta sexta-feira, 18, que está decepcionado com a decisão da presidente provisória do PP no Tocantins, senadora Kátia Abreu, de intervir no partido, anulando a convenção ocorrida na última quarta-feira, 16, que havia confirmado seu nome como candidato à Prefeitura de Palmas pelo PP.
Ataídes também disse que, durante todo o processo pré-eleitoral, tanto Kátia Abreu, quanto o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, manifestaram apoio à sua candidatura. “A senadora Kátia Abreu me disse que o partido precisava de um candidato para concorrer às eleições. Aceitei o desafio. E a própria senadora, em nossa live, ocorrida no dia 25 de junho, fez o meu lançamento e diariamente me enviou mensagens de apoio a nossa candidatura. Também liguei para o amigo, presidente Nacional do PP, senador Ciro Nogueira, que também declarou seu apreço e seu apoio ao nosso nome. Pois bem, criamos um projeto e fomos, então, ao trabalho”, afirmou.
O político também disse que a convenção que homologou seu nome como candidato a prefeito obedeceu rigorosamente ao estatuto e às resoluções do partido. Para Ataídes, Kátia Abreu teria agido por motivo pessoal ao intervir.
A intervenção de Kátia Abreu no partido em Palmas tem apoio da Nacional do PP. Na ata da reunião extraordinária da comissão provisória que anulou as pretensões de Ataídes, consta que “a convenção restou realizada em descompasso às diretrizes estabelecidas pela Comissão Provisória Estadual, restou colocada em votação a necessidade de intervenção no citado órgão diretivo, com fins de proceder à anulação da Convenção Municipal do PP de Palmas”.
Consta ainda que a Comissão Estadual do PP decidiu não lançar candidato a prefeito, coligando com a chapa que apoiará o vereador Tiago Andrino, composta por PSB, PL, PSD, Cidadania.
Ataídes Oliveira disse que a decisão é resultado de negociações com o ex-prefeito Carlos Amastha (PSB), “mentor” da candidatura de Tiago Andrino à Prefeitura de Palmas. O político acrescentou ainda que vai recorrer da decisão da Comissão Provisória Estadual do PP. “Vamos, evidentemente, recorrer desta decisão para que negociatas desonestas como esta, feitas com o ex-prefeito Carlos Amastha, não venham a ocorrer. Nossas vidas são feitas por escolhas. Eu escolhi estar ao lado da pessoa errada”, resumiu o ex-senador.