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Economia

Foto: Marcos Santos

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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid-19), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nessa quarta-feira, 23, aponta que a população desocupada no Tocantins passou de cerca de 69,7 mil para 80,7 mil de julho para agosto - alta de 15,7% na margem e de 23,5% desde maio, início da pesquisa. Já a taxa de desocupação passou de 10,4% para 12%, aumentando 1,6 ponto percentual.

A pesquisa revela que cerca de 591 mil pessoas estavam trabalhando em agosto. Em relação a julho, houve queda de 2% na ocupação. No mês passado, cerca de 59 mil tocantinenses estavam afastados do trabalho, dos quais aproximadamente 22 mil estavam afastados por motivo de doença, licença maternidade, férias, qualificação, entre outros e 37 mil devido ao distanciamento social. Frente a julho, a queda foi de 33,8%. Estes indicadores vêm apresentando quedas sucessivas desde o início da pandemia, à medida que as restrições de isolamento vão sendo abrandadas.

A redução dos afastamentos do trabalho devido à pandemia também pôde ser verificada através da redução da proporção de pessoas afastadas por este motivo no total de pessoas ocupadas, que de julho para agosto passou de 9,3% para 6,3%. Em junho, este percentual era de 12,2% e em maio 15,9%. De acordo com a coordenadora da PNAD Covid-19, Maria Lúcia Vieira, essas pessoas podem ter sido demitidas ou retornado ao trabalho.

Frente aos três primeiros meses da pesquisa, o número de pessoas no mercado de trabalho também vem caindo no estado: cerca de 611 mil em maio, 605 mil em junho, 603 mil em julho, chegando a 591 mil em agosto. O nível da ocupação, isto é, o percentual de pessoas ocupadas em relação às que tem idade de trabalhar (14 anos ou mais), passou de 50% em maio, para 49,4% em junho, 49,2% em julho e no mês passado registrou 48,3%.

Após queda em julho, o número de tocantinenses que trabalham remotamente voltou a crescer, segundo a pesquisa. No mês de maio, em torno de 31,4 mil pessoas (6,3% do total de ocupados e não afastados do trabalho) exerciam suas atividades no estilo home office. Em junho, esse contingente subiu para 34,4 mil (6,7%), já em julho caiu para 29,6 mil (5,7%) e em agosto chegou novamente a 34 mil (6,4%).

Rendimento e auxílio

No Tocantins, o rendimento médio real domiciliar per capita efetivamente recebido em agosto foi de R$ 1.068, ou seja, 3,1% abaixo do valor de julho (Rnt.103). Já a renda média per capita dos lares onde nenhum dos moradores recebia algum auxílio do governo relacionado a pandemia (R$ 1.454) era, em média, quase duas vezes superior ao daqueles onde alguém recebia o auxílio (R$ 790).

A proporção de domicílios no estado que receberam algum auxílio relacionado à pandemia (como o Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda) passou de 50,2% em maio, para 53,8% em junho, caindo para 53,0% em julho e 52,2% em agosto. O valor médio do rendimento proveniente do benefício recebido pelos domicílios, por outro lado, aumentou nos últimos meses: R$ 859 em maio, R$ 884 em junho, R$ 926 em julho e R$ 926,4 em agosto.

Tags: IBGE, PNAD, Tocantins