Há um charme inegável nos filmes franceses. Seja muitas vezes por conta do cenário espetacular da riviera francesa ou das ruas apertadas de Paris com inúmeras estações de metrô. Mesmo que tenha perdido o protagonismo industrial, a França é a terra onde o Cinema nasceu em 1895 graças aos experimentos feitos pelos irmãos Lumiére.
Desde o momento que o primeiro filme foi projetado, era notório que o mundo do entretenimento e do jornalismo iria mudar radicalmente. Com mais de um século de produções que são importantes tanto pela narrativa quanto por suas contribuições à linguagem cinematográfica, é difícil selecionar os mais necessários ao espectador.
Porém fizemos o melhor possível ao reunir algumas amostras que comprovam a qualidade inegável do cinema francês que você pode conferir em muitos canais na SKY. Lembrando que todos eles se diferem um pouco do cinema americano pelo ritmo mais lento e das narrativas densas. Confira!
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
Esse talvez seja o filme francês mais popular mundialmente já que é incessantemente recomendado por inúmeros cinéfilos ao redor do mundo que elogiam o trabalho vívido de cores ne fotografia e também da direção criativa de Jean-Pierre Jeunet.
Conhecemos a história de Amélia, uma sonhadora que enxerga beleza em todas as pequenas coisas porque em sua vida, acabou por anos encarcerada em casa por conta do pai extremamente zeloso. Quando adulta, trabalhando como garçonete em um café parisiense, Amélie se depara com o tesouro esquecido do antigo proprietário de seu apartamento.
Por conta disso, parte em uma aventura inesquecível para reencontrar o dono dos pertences enquanto descobre o sentido de sua vida ao mesmo tempo que se depara com o amor romântico pela primeira vez.
Retrato de uma Jovem em Chamas
Estreando no final de 2019, Retrato de uma Jovem em Chamas é o atual filme francês do momento que conseguiu conquistar muita força através das recomendações boca a boca já que passou abaixo do radar de muitos espectadores.
O longa traz a história da jovem pintora francesa Marianne no século XVIII. Contratado pelos pais de uma jovem noiva, Héloïse, acaba viajando para conhecê-la e capturar toda a beleza da jovem para pintar um retrato sem o conhecimento dela, afinal é um presente especial.
Enquanto passa os dias com Héloïse, Marianne trabalha na pintura a noite enquanto as duas se aproximam consideravelmente irradiando um amor impossível e inaceitável para a sociedade da época.
Azul é a Cor Mais Quente
Outro longa que conquistou muito rapidamente o coração dos espectadores foi Azul é a Cor Mais Quente que estreou em 2013. Vencendo o principal prêmio do Festival de Cannes, a Palma de Ouro, o longa encontrou sucesso comercial o suficiente para ser distribuído em diversas salas de cinema ao redor do mundo.
Nele, conhecemos a vida de Adèle, uma jovem estudante que começou a descobrir sua sexualidade. Tendo relacionamentos fracassados e insatisfatórios com homens, Adèle tenta iniciar algo com sua melhor amiga, mas acaba rejeitada. Movida pela curiosidade de se descobrir, se aproxima de Emma, uma garota de sexualidade muito mais livre que se afeiçoa por ela.
Juntas, ambas descobrem mais de si mesmas enquanto pessoas em sociedade, da própria sexualidade e da ligação emocional poderosa que nasce ao decorrer dos anos de namoro.
O Artista
Nessa produção franco-americana que conquistou o Oscar de Melhor Filme em 2012, O Artista é praticamente um filme universal para todos os idiomas possíveis, afinal se trata de um longa silencioso. Ou seja, não sonorizado e sem diálogos falados. Antes de pensar em desistir de ver a obra, é importante se atentar o quão corajosa e única ela foi ao ser produzida nesse século.
Intrinsecamente ligado à História do Cinema, O Artista traz o declínio do famoso ator George Valentin, maior astro da indústria durante a era dos filmes silenciosos, que entra em profunda depressão quando os novos filmes, já sonorizados, conquistam o mercado deixando os filmes mudos obsoletos.
Enquanto tenta superar o declínio profundo de sua carreira, Valentin encontra um novo amor com a dançarina Peppy Miller que tem o poder de mudar a percepção tão negativa de Valentin sobre os filmes falados que exigem uma reinvenção profissional.
Intocáveis
Com toda a certeza, Intocáveis é o filme francês mais fácil de assistir e virar fã. Mesmo recebendo críticas medíocres em seu lançamento, 2011, o longa se tornou um fenômeno mundial emocionando muita gente e ainda inspirando mais três filmes derivados focados em contar a mesma história com novos elementos.
Nessa dramédia sensacional, conhecemos a história de Driss, um rapaz que sofre com o desemprego e teme pela segurança da família. Na busca por trabalho, acaba esbarrando em uma vaga de cuidador, algo que nunca tinha feito antes na vida.
Aceitando o trabalho, ele passa a conviver diariamente com o tetraplégico milionário Philippe que, apesar da animosidade inicial entre os dois, acabam se tornando ótimos amigos em uma relação muito significativa.
Piaf: Um Hino ao Amor
A cinebiografia de uma das cantoras mais famosas da França, Edith Piaf, rendeu o Oscar de Melhor Atriz para Marion Cotillard que encarna o papel com uma naturalidade impressionante. Em narrativa não linear, repleta de flashbacks, o espectador conhece a vida de Piaf desde a infância que passou nas ruas sujas de Paris.
Filha de uma cantora alcoólatra e de um artista circense, a carreira de Piaf só deslanchou após ser descoberta aos 20 anos por um dono de cabaré que a contrata imediatamente. Começando a trabalhar no clube, Piaf se torna mais conhecida e pavimenta seu caminho para o estrelato.
Porém, mesmo com uma vida financeiramente mais confortável, além do prestígio artístico mundial, o destino de Piaf foi marcado por tragédias irreparáveis que podiam ter quebrado completamente seu espírito e também o psicológico. Vale a pena conferir.