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Polí­cia

Na coletiva, o delegado Hismael Athos fez um relato sobre como se deu a investigação e citou as hipóteses descartadas

Na coletiva, o delegado Hismael Athos fez um relato sobre como se deu a investigação e citou as hipóteses descartadas Foto: Dennis Tavares

Foto: Dennis Tavares Na coletiva, o delegado Hismael Athos fez um relato sobre como se deu a investigação e citou as hipóteses descartadas Na coletiva, o delegado Hismael Athos fez um relato sobre como se deu a investigação e citou as hipóteses descartadas

Em coletiva de imprensa realizada na sala de reuniões da Secretaria da Segurança Pública, a Delegacia-Geral da Polícia Civil do Tocantins apresentou na manhã desta quarta-feira, 11, a conclusão da investigação sobre a morte do servidor público municipal Wagner Fernandes de Araújo, 58 anos, ocorrida no dia 1º de novembro, no município de Dois Irmãos, região central do Estado.

O delegado-chefe da 6ª Divisão de Repressão ao Crime Organizado (6ª DEIC de Paraíso do Tocantins), Hismael Athos e responsável pela condução das investigações, informou que Wagner foi vítima de acidente doméstico e que não há elementos que comprovem a participação de outras pessoas nos fatos. “Trata-se de fato atípico e já encaminhamos o relatório final do inquérito policial ao Poder Judiciário, sugerindo o arquivamento do mesmo”, ressaltou o delegado.

Durante a coletiva, o delegado Hismael Athos fez um relato sobre como se deu a investigação e citou as hipóteses descartadas. Segundo ele, a princípio o caso foi tratado como sendo crime de conotação sexual ou passional. Porém, essas hipóteses foram descartadas. A investigação também trabalhou a possibilidade de latrocínio e homicídio, também descartadas em razão de exames e provas periciais no local.

Perícia

Sobre os levantamentos da Perícia Criminal, o perito Alexandre Agrelli informou que os elementos periciados não indicaram a presença de terceiros na residência do senhor Wagner Fernandes, tendo sido descartado arrombamento, escalada de muro e que não havia nada fora do lugar na residência da vítima. Ressaltou também que o servidor levou duas quedas, uma na sala e outra na cozinha, onde o senhor Wagner foi encontrado próximo ao batente.

Em complemento, o diretor do Instituto de Medicina Legal (IML), Luciano Augusto de Pádua Fleury Neto, informou que o exame demonstrou não ter ocorrido luta corporal. Refutou a informação de que a orelha do senhor Wagner havia sido decepada e esclareceu que a orelha apresentou uma lesão corto contundente.

O diretor informou também que não foram encontradas lesões de autodefesa, que corroboram diretamente a conclusão da investigação de que o senhor Wagner veio a óbito em consequência da segunda queda e do tempo em que ele ficou desacordado antes de ser socorrido. “As quedas ocorreram por volta de uma hora da manhã e somente às 8 horas da manhã o senhor Wagner foi encontrado desacordado. Isso contribuiu, sobremaneira, para o óbito, pois os exames indicaram hipoglicemia, várias crises convulsivas e parada cardiorrespiratória”, explicou Luciano Augusto.

Compromisso

Representando a delegada-geral, Raimunda Bezerra de Souza, a titular da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), Cínthia Paula de Lima, ressaltou o compromisso da Polícia Civil do Tocantins na elucidação do caso e informou que, de imediato, a delegada-geral acionou sua diretoria, que, delegou à 6ª Deic à condução das investigações para apurar as circunstâncias da morte de Wagner Fernandes. 

“Graças a um conjunto de ações investigativas, apurou-se que a morte do senhor Wagner foi um acidente doméstico. Não há fato científico que aponte outra causa para a morte do senhor Wagner”, frisou a Cínthia Paula de Lima. Também acompanhou a coletiva a diretora da Perícia Criminal, Georgiana Ferreira Ramos.

Os fatos

O servidor Wagner Fernandes foi encontrado desacordado dia 01/11/2020, em sua residência em Dois Irmãos, com ferimentos na cabeça, orelha e supercílio e veio a óbito no dia seguinte, 02/11/2020, por volta das 17h40 no Hospital Geral de Palmas. De imediato, a 6ª Deic iniciou as investigações e foi no local dos fatos.

Apurou que o senhor Wagner morava sozinho e, por relato de testemunhas, que ele possuía problemas com o uso excessivo de bebida alcoólica. Que no sábado, 31 de outubro, ele foi visto na rua caído, tendo sido socorrido por populares que o levaram para sua residência. As testemunhas narraram também que depois de ter sido deixado em sua casa foram ouvidos xingamentos de apenas uma única voz no imóvel.