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Educação

Oito custodiados da Unidade Penal de Augustinópolis concluíram o Ensino Médio na modalidade EJA

Oito custodiados da Unidade Penal de Augustinópolis concluíram o Ensino Médio na modalidade EJA Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Oito custodiados da Unidade Penal de Augustinópolis concluíram o Ensino Médio na modalidade EJA Oito custodiados da Unidade Penal de Augustinópolis concluíram o Ensino Médio na modalidade EJA

A oferta da Educação no Sistema Penal, na modalidade Educação para Jovens e Adultos (EJA), é uma realidade que tem sido viabilizada devido às ações pactuadas entre a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) e a Secretaria Estadual de Educação, Juventude e Esportes (Seduc). Como resultado dessa parceria, a manhã desta sexta-feira, 5, foi marcada pela formatura no Ensino Médio de oito pessoas privadas de liberdade da Unidade Penal de Augustinópolis. A ação foi realizada conforme as orientações dos profissionais da saúde para a prevenção de contágios pela Covid-19.

De acordo com a agente analista de execução penal e responsável pela Política de Educação nas Unidades Penais, Renata Keli Duarte, a educação é uma das ferramentas importantes no processo de reinserção social. “Temos trabalhado, em conjunto com os chefes das unidades e demais servidores, com os órgãos da execução e com a ofertante Seduc, a fim de fomentar os projetos de educação conforme estabelece a Lei de Execução Penal”, explicou.

O chefe de segurança da Unidade Penal de Augustinópolis, Edvanio Pereira Silva, falou sobre a importância social da oferta de Educação aos custodiados. “Sabemos que a sociedade em geral tem uma visão distorcida de que o Sistema Penal é uma ferramenta apenas punitiva. A experiência na nossa Unidade acontece para mostrar que os presos podem mudar de vida através da educação. Alguns só precisam de uma oportunidade que não lhes foi dada fora do Sistema e aqui, quando finalmente recebem esse apoio, vemos que essas vidas podem ser transformadas”, concluiu.

Entre os formandos estava o custodiado, F.S.P, que aproveitou a oportunidade para agradecer aos profissionais envolvidos nos trabalhos educacionais desenvolvidos na Unidade Penal. “Foi muito bom para nós e por isso quero agradecer a toda a equipe da escola e dizer que admiro os professores que passaram pela minha vida. Eu estava perdido, mas agora tenho um foco, quero alcançar meus objetivos, melhorar de vida com os estudos e ter um emprego para ajudar a minha família fora daqui”, afirmou.

Tatiane Maria Padilha Targino, mestre em Ciências da Educação e diretora da Escola Estadual Fazenda Dezesseis, que oferta escolarização na Unidade Penal de Augustinópolis, definiu o momento como sendo marcante por se tratar da primeira turma de pessoas privadas de liberdade formada no Ensino Médio na região. “Quero ressaltar que essa iniciativa nos oportuniza efetivar a função social da nossa Unidade de Ensino, que vai muito além do letramento, visando também a transformação de vidas”, disse a educadora.