Policiais rodoviários federais no Estado do Tocantins aderiram à manifestação coordenada pela União dos Policiais do Brasil (UPB), contra o abandono da Segurança pública por parte do Governo Federal. Policiais de outros estados também fizeram manifestação.
A categoria cobra valorização do Governo Federal. Eleito em 2018 com apoio das forças de segurança, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está em uma sinuca de bico. Ao passo que deixou de fora das reformas estruturais e fiscais os integrantes das forças armadas e policiais militares, o tratamento dado aos policiais civis, como os PRFs, foi diferente. Em duas oportunidades o governou retirou direitos dos policiais, como no caso da Reforma da Previdência (2019) e agora na PEC Emergencial (2021).
Para demonstrar a insatisfação, os PRFs realizaram nesta quarta-feira, 17, um ato em memória dos colegas que faleceram em virtude da Covid-19, bem como para deixar claro a decepção e revolta da categoria pelo descaso com que o Governo vem tratando a segurança pública. Policiais rodoviários federais têm média de contaminação três vezes maior que a da população brasileira. Durante a manifestação, policiais ficaram de costas para a rodovia e ligaram as sirenes.
Para o presidente do Sindicato da categoria no estado, Marco Gomes, “os policiais cansaram de promessas vazias. São anos produzindo recordes atrás de recordes, sem que nenhuma indicação de valorização tenha nos chegado, pelo contrário, fomos prejudicados em diversos momentos. A nossa tropa cansou” e completou dizendo que “nosso efetivo não vai interromper a prestação dos serviços, mas o governo conseguiu tirar o ânimo e a motivação do nosso pessoal”.
Hoje, em Brasília, em ato realizado pela UPB, policiais fizeram uma enorme carreata que se concentrou nos anexos do Congresso Nacional. A categoria dá claros sinais de que não acredita mais nas promessas do presidente Bolsonaro, que perde cada dia mais os apoiadores da segurança pública que o ajudaram em sua trajetória política.