A bancada tocantinense no Congresso Nacional fez mais uma tentativa de impedir o leilão da BR-153 previsto para a próxima quinta-feira, 29. Dessa vez os parlamentares apresentaram requerimento à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) pedindo a impugnação do edital de concessão. A bancada já havia feito uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) no mesmo sentido.
A bancada não é contra a concessão da rodovia à iniciativa privada, mas sim quanto à previsão de tempo para início da duplicação do trecho no Tocantins e outras benfeitorias, que seria de 20 anos. Para os parlamentares, os prazos excessivos para a chegada dos benefícios ao estado demonstram evidentes e potenciais prejuízos ao Tocantins.
Cerca de 75% do trecho da rodovia no Tocantins só começará a ser duplicado após duas décadas, enquanto que no estado de Goiás cerca de 70% serão duplicados em até dez anos.
O requerimento apresentado à ANTT destaca ainda que outras benfeitorias estão previstas em número bastante inferior às que serão feitas no estado vizinho. No trecho de 180 quilômetros a ser concedido à iniciativa privada no Tocantins, está prevista a construção de apenas duas passarelas, enquanto que em Goiás serão dezesseis. Serão também 76 retornos no trecho goiano e somente 4 no tocantinense; além de 15 intersecções e 6 rotatórias em Goiás e apenas 4 intersecções e nenhuma rotatória no Tocantins.
Muito embora o início das obras de melhorias esteja previsto para daqui 20 anos, a cobrança para quem trafega pela rodovia teria início quase imediato. Os dois pontos de pedágio que serão implantados no Tocantins vão começar a funcionar em até um ano após o leilão.
Ainda não há resposta quanto ao requerimento apresentado à ANTT. Já a representação apresentada ao TCU está em tramitação e pode ser julgada a qualquer momento.