A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (Seder) retoma nesta terça-feira, 29, as atividades de melhoramento genético do rebanho bovino de Palmas que fazem parte do Programa Palmas Para o Leite. Neste ano o município adquiriu 300 doses de sêmen, que serão distribuídas entre os produtores da bacia leiteira da Capital, cadastrados na Seder. A previsão é que cada produtor seja beneficiado com até dez matrizes, por atendimento.
O objetivo do programa é impulsionar o desenvolvimento da produção do leite e seus derivados, fomentando assim a economia rural. As atividades serão retomadas com os produtores do Vale da Cachoeira e do Jaú. Além da inseminação artificial, com sêmen de animais selecionados, implantados em matrizes, o trabalho da Seder também prevê a oferta de pastagens de melhor qualidade para o desenvolvimento do rebanho.
O método utilizado será o de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e é subsidiado exclusivamente pelo Município, com a oferta da mão de obra e insumos, conforme explicou o secretário de Desenvolvimento Rural, Major Negreiros. Nesta edição será utilizado um material genético de animas provenientes de raças da Nova Zelândia, que está entre os países com melhor desenvolvimento na bovinocultura de leite.
Origem da raça
As raças utilizadas para esta atividade serão a Kiwi, ou Jersolando, como é conhecido no Brasil e a Holandesa, com destaque para a Kiwi, que é uma raça original da Nova Zelândia, conhecida como Kiwicross/Jersolando e vem de um sistema de cruzamento pelo qual se obtém o vigor híbrido, conseguido por meio da junção de raças, que no caso do programa Palmas para o Leite utiliza as linhagens Jersey e Holandês.
A principal característica da Kiwi, segundo explicou o médico veterinário da Seder, Cláudio Sayão, consta a seleção dos reprodutores por eficiência alimentar, ou seja, como as vacas transformam o alimento em produção.
Sayão explica ainda que, no Brasil, a genética da Nova Zelândia está sendo amplamente utilizada. “Os programas genéticos estão presentes nos estados da Bahia (Leitíssimo), Goiás (Kiwi Pecuária), Minas Gerais e outros empreendimentos que incorporam a genética como forma de aumentar a qualidade do leite ou que produzem queijos artesanais, relatando aumento na produção, com menos litros produzem um quilo de queijo”, destacou.