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Polí­cia

A Polícia Civil do Estado do Tocantins, por intermédio da 26ª Delegacia de Polícia de Araguaína, concluiu as investigações referentes à prática dos crimes de importunação sexual e de perseguição contra uma professora do Serviço Social do Comércio (SESC). Conforme o apurado, no dia 31 de março deste ano o indiciado, de 27 anos, aluno de uma academia de Araguaína, se aproximou da vítima, que é professora no local, e a assediou sexualmente, além de pressionar a vítima contra a parede.

Neste momento, a mulher empurrou o indiciado e ao se desvencilhar do mesmo este passou a mão em suas pernas e partes íntimas. Após o fato, o suspeito se retirou do local enquanto a vítima permaneceu em estado de choque e chorando muito. Em conversa com o suspeito através do aplicativo Whatsapp, a vítima informou que se sentiu importunada com a atitude do mesmo, tendo o suspeito afirmado que apenas foi uma “brincadeira”.

Noutro ponto, a vítima relatou que estava sendo incomodada pelo indiciado a bastante tempo, caracterizando uma real perseguição, ficando claro a invasão e perturbação praticada pelo suspeito contra a liberdade e privacidade da vítima, pois segundo a professora ele sempre ficava tentando tocar sutilmente no corpo da vítima e fazia diversas investidas.

No interrogatório, o suspeito afirmou que tudo não passou de “brincadeiras”. Por fim, segundo a vítima, o fato foi relatado à direção do estabelecimento comercial que entrou em contato com o setor jurídico que orientou a vítima a não registrar boletim de ocorrência, pois o aluno tinha um contrato com o local e tratariam com ele de forma informal.

Este fato será levado ao conhecimento do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil para que apure eticamente a conduta. O delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, titular da 26ª Delegacia de Polícia de Araguaína, concluiu o inquérito policial, sendo o investigado L.M.C. indiciado pela prática dos crimes de importunação sexual (art. 215-A, do Código Penal) e perseguição (art. 147-A, caput, do Código Penal). O caso foi enviado ao Poder Judiciário e Ministério Público, para as medidas cabíveis.

Sesc

Por meio de nota o Sesc manifestou solidariedade à funcionária e afirmou que "sempre prestou e vem prestando toda orientação e apoio necessário a colaboradora. Por sua vez, como se tornou uma questão penal, cabe a Polícia Civil adotar os procedimentos necessários ao caso. Mais uma vez o Sesc reitera estar à disposição para adoção das medidas necessárias dentro de sua competência", concluiu a entidade. (Atualizada às 18h do dia 07/10/21)