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Estado

Foto: Loise Maria

Foto: Loise Maria

Um total de 320 cestas básicas foram distribuídas a quilombolas da região de Campo Alegre, município de Paranã, localizada a 419 km de Palmas. A ação aconteceu nessa quinta-feira, 17, e contou com a participação da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), Secretaria Estadual do Trabalho e Ação Social (Setas) e Secretaria Municipal de Ação Social de Paranã.

A doação de alimentos atendeu tanto os moradores do distrito de Campo Alegre quanto as comunidades quilombolas Claro, Prata e Ouro Fino, afetados pelas fortes chuvas e enchentes nos últimos meses. A coordenadora do Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas (Nuamac) de Dianópolis, defensora pública Sebastiana Pantoja, acompanhou a entrega dos alimentos e visitou famílias das comunidades.

Na ocasião, a Defensora Pública conversou com os quilombolas sobre a atuação da Defensoria Pública, questionou sobre as principais necessidades em consequências das enchentes e distribuiu cartilha sobre os direitos dos idosos. "É um sentimento de gratidão, que desperta ainda mais em nós a empatia, por ver a realidade que essa população vive, principalmente com relação aos prejuízos causados pelas enchentes, e tentar agir para diminuir os danos a que essas famílias foram atingidas", declarou Sebastiana Pantoja. A visita às comunidades contou ainda com apoio técnico do Núcleo Especializado de Questões Étnicas e Combate ao Racismo (Nucora).

Demanda atendida

A entrega dos alimentos foi uma das atuações da Defensoria Pública, que oficiou o Estado e o Município em razão das comunidades terem sido bastante afetadas pelas cheias das chuvas. 

A líder das comunidades Claro, Prata e Ouro Fino, Dinalva Pereira Godinho, lembra que após as fortes chuvas nos meses de janeiro e fevereiro, os quilombolas tiveram muitos prejuízos materiais e financeiros, principalmente com a perda de roças e plantios, que eram utilizados tanto para a venda quanto para sustento próprio.

Foi quando Dinalva procurou a Defensoria Pública de Paranã e foi atendida pela defensora pública Letícia Amorim, que recebeu vídeos e áudios de moradores expondo os problemas. "Estávamos totalmente isolados, sem sequer comida para o dia a dia. O meu sentimento hoje é de muita gratidão. Fiquei muito grata à Defensoria por mais esse atendimento, pois somos sempre bem acolhidos, e ver o sorriso no rosto dessas famílias, ao serem supridas com o básico, que é o alimento, me emociona muito e o meu coração exalta de alegria", conclui Dinalva. (DPE/TO)