Por meio do Decreto nº 6.532, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), edição dessa terça-feira, 8, a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO) institui medalhas condecorativas para homenagear policiais civis pelos relevantes serviços prestados à segurança pública em todo o Estado.
Assim, serão concedidas as seguintes condecorações: Medalha Bravura Polícia Civil Escrivão José Bonfim Nazareno Ribeiro; Medalha Mérito Polícia Civil Eusébio de Queirós Coutinho Matoso da Câmara; Medalha de Mérito Intelectual Polícia Civil; e Medalha de Serviço Policial Civil.
Destinação
A Medalha de Bravura Polícia Civil Escrivão José Bonfim Nazareno Ribeiro tem por objetivo premiar os policiais civis, ativos e inativos, que, ao desempenharem com eficiência as missões operacionais, tenham sido feridos ou mortos por ação criminosa, distinguindo-se por ato excepcional de bravura.
Já a Medalha Mérito Polícia Civil Eusébio de Queirós Coutinho Matoso da Câmara é destinada a reconhecer os servidores do quadro próprio, pelos relevantes e excepcionais serviços prestados à Polícia Civil do Estado do Tocantins.
A Medalha de Mérito Intelectual Polícia Civil será concedida ao policial que obtiver o primeiro lugar ao término dos Cursos de Formação Profissional dos cargos de natureza estritamente policial da PC-TO.
Por fim, como o próprio nome já diz, a Medalha de Serviço Policial Civil é destinada a reconhecer os bons serviços prestados pelos policiais civis, ativos e inativos, do Estado do Tocantins, com relevantes serviços prestados e conduta ilibada comprovados por meio de certidão funcional. Serão concedidas Medalhas de Platina aos policiais civis que tenham completado 20 anos de serviço; de Ouro para 15 anos; Prata para 10 anos; e Bronze para cinco anos.
A análise quanto ao mérito para recebimento das medalhas será feita por uma comissão composta pelo secretário da Segurança Pública, na função de presidente; delegado-geral da Polícia Civil; superintendente da Polícia Científica; superintendente de Segurança Integrada; corregedor-geral da Polícia Civil, na função de secretário; além de dois delegados de Polícia – Classe Especial, escolhidos e designados pelo titular da pasta.
Família do homenageado
“Quando me ligaram para falar dessa homenagem, que se tratava de uma medalha para o mais alto grau de honra e bravura da Polícia Civil, eu fiquei tão emocionada, gravei um áudio e enviei no grupo da família Nazareno, onde estão todos os irmãos e os sobrinhos dele. Todos ficaram muito honrados e emocionados, porque vai ser uma lembrança que não vai deixar o nome dele morrer”, destacou Thábita Dias Nazareno, filha do ex-escrivão da Polícia Civil do Tocantins, José Bonfim Nazareno Ribeiro, o Zequinha, que dará nome à Medalha de Bravura da Polícia Civil e será concedida aos policiais feridos em combate. Zequinha foi morto durante uma diligência policial no dia 8 de agosto de 2014.
O secretário Wlademir Costa falou da importância de reconhecer os feitos policiais. “Queremos homenagear todos os policiais por seus atos de bravura durante o exercício da profissão. São homens e mulheres que saem de casa todos os dias para trabalhar, deixam suas famílias para atuar no combate à criminalidade e tornar a sociedade mais segura. No entanto, não é uma tarefa fácil, estamos expostos aos perigos inerentes à profissão que escolhemos, o que nos exige ainda mais empenho e bravura. As circunstâncias da morte do Zequinha mostram bem isso, então nada mais justo que homenagear quem deu a própria vida por essa profissão”, destacou.
Recentemente, o secretário Wlademir Costa recebeu os familiares de Zequinha em seu gabinete. Estavam presentes, a viúva Maria José Dias Ribeiro; Ruth Dias Nazareno e Caleb Dias Nazareno, ambos filhos de Maria José e Zequinha; e os pequenos Micael e Valentina, filhos de Caleb e netos de Zequinha.
Circunstâncias
No dia 8 de agosto de 2014, o então escrivão José Bonfim Nazareno Ribeiro que atuava na Delegacia de Dois Irmãos se deslocou à zona rural da cidade atendendo a uma denúncia de que um homem estaria utilizando arma de fogo para atirar no gado da fazenda vizinha. Ao localizar o suposto autor, o escrivão solicitou que o homem entregasse a arma, no entanto este se negou indo em direção ao policial com um facão, desferindo golpes contra o José Bonfim que veio a falecer.