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Ciência & Tecnologia

Foto: Virgínia Magrin

Foto: Virgínia Magrin

O reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Luís Eduardo Bovolato, e o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Augusto Teixeira de Moura, reuniram-se na manhã dessa terça-feira, 29, para a assinatura de Protocolo de Intenções entre a Universidade e a Agência Espacial Brasileira. Na ocasião, também foram discutidas pautas estratégicas para as instituições reunidas.

O encontro contou com a participação de representantes do Centro Nacional de Estudos Espaciais da França, da UFT, da AEB e do Governo do Estado do Tocantins. 

O acordo tem como objetivo propor estudos, pesquisas e ações com foco nas áreas de ciências, tecnologia e inovação, com base nas possibilidades de desenvolvimento e aplicação das tecnologias espaciais e de seus produtos e serviços, pautadas pela exploração e uso do espaço exterior para fins pacíficos, tendo como principal interesse a possibilidade de criação de um Porto de Lançamento de Balões Estratosféricos no Estado do Tocantins.

Pensando nessa possibilidade, equipes técnicas da AEB e da CNES, acompanhadas por representantes da universidade, estão realizando entre os dias 28 a 30 de novembro uma avaliação das condições dos sítios elencados para abrigar as instalações do possível Porto de Lançamentos.

Stéphane Louvel, representante da CNES, afirma que Palmas é um lugar estratégico, pois além de estar no centro do país, está localizada logo abaixo da floresta, com uma grande área tanto a leste quanto a oeste, para o voo controlado do balão. As altas camadas da atmosfera próximas à região equatorial também são fatores que contribuem para que a região seja considerada excelente para esse tipo de projeto, contribuindo para estudos relacionados às mudanças climáticas e toda essa questão ligada ao clima.

CNES e os Balões Estratosféricos

O Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (CNES) é conhecido por ter um dos maiores programas de balões estratosféricos do mundo, com um grande grupo de cientistas dedicados exclusivamente à área de pesquisa em questão. Atualmente o órgão conta com três bases instaladas (Suécia, Austrália e Canadá) e agora pretende instalar uma quarta base na região do Equador e Palmas está entre as possibilidades.

Balões de grande altitude são balões geralmente enchidos com hélio ou hidrogênio, que são liberados para a estratosfera, comumente alcançando entre 18 e 37 km de altitude. Eles são muito usados na meteorologia ou outras aplicações como plataforma de experimentos na atmosfera superior. O balão estratosférico de pressão zero, por exemplo, se acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), é um veículo espacial sub-orbital, construído de um filme plástico com espessura de 3 a 25 µ, inflado com gás hidrogênio ou hélio, capaz de levar experimentos científicos com peso até três toneladas a altitudes até 45 km, voando ao sabor dos ventos até dezenas de horas.

Programação

Como parte da Missão Estratégica do grupo, eles seguem visitando alguns pontos de Palmas até a manhã desta quarta-feira (30), para levantar dados e estudos de viabilidade técnica. (Com informações UFT)