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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O presidente da Força Sindical-TO e da Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos do Tocantins (Fesserto), Carlos Augusto Melo de Oliveira (Carlão), participou, nessa quarta-feira, 18, de encontro do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com centenas de sindicalistas de todo o Brasil.

Para Carlão, o encontro foi importantíssimo e marca uma nova relação do sindicalismo com o governo federal. “Sem entrar em questões políticas, mas é necessário dizer que a última gestão federal tinha pouquíssimo ou nenhum diálogo com os sindicatos, que sempre foram parte importante da sociedade. Muitas vezes, o governo chegou a ser refratário ao sindicalismo, alijado de qualquer decisão. O sindicalismo forte sempre foi fundamental para o crescimento do trabalhador em qualquer lugar do mundo e por isso precisa ter suas opiniões consideradas”, ressaltou Carlão.

Na reunião, o presidente Lula instituiu um grupo de trabalho para a elaboração de uma proposta que trata da Política de Valorização do Salário Mínimo, que trará uma fórmula de cálculo permanente para o piso nacional. No encontro com cerca de 500 sindicalistas no Palácio do Planalto, Lula disse que o salário mínimo precisa subir de acordo com o crescimento da economia, em equivalência ao aumento do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de bens e serviços produzidos no país).

“Já provamos que é possível aumentar o salário mínimo acima da inflação. E o mínimo é a melhor forma de fazermos distribuição de renda nesse país. Não adianta o PIB crescer se ele não for distribuído. O PIB já cresceu 14% ao ano nesse país e o trabalhador ficou mais pobre. Porque se o PIB cresce e fica só com o dono da empresa, quem fez o PIB crescer não ganha nada, que é o trabalhador brasileiro”, disse o presidente.

“É isso que tem que fazer para melhorar esse País. Não podemos continuar eternamente um país emergente, em vias de desenvolvimento”, acrescentou.

O grupo foi criado a partir de um despacho assinado nesta quarta-feira pelo presidente e terá prazo de 90 dias para a conclusão dos trabalhos. Fazem parte os ministérios do Trabalho e Emprego, da Fazenda, do Planejamento e Orçamento, da Previdência Social, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e a Secretaria-Geral e Casa Civil da Presidência. Segundo Lula, as centrais sindicais também serão ouvidas para a construção da proposta.

“Estou fazendo um convite para que o movimento sindical, representando os trabalhadores brasileiros, ajude o governo a construir uma nova relação entre capital e trabalho e uma nova relação de direitos para o povo trabalhador, porque nós merecemos ser tratados com respeito e com justiça”, disse Lula.

Conforme Carlão, agora é hora de o governo federal realmente implementar o que foi prometido na campanha. “O salário mínimo está defasado. Estamos há meia década sem aumento e o trabalhador vem perdendo. O Brasil precisa olhar para a parte mais pobre da população”, destacou o sindicalista.