A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) do Congresso Nacional – a bancada evangélica, adiou a escolha de seu novo líder para depois do carnaval. Nesta quinta-feira, 2, a bancada organizou uma eleição, mas o processo foi anulado sob o argumento de disparidade entre o número de deputados com nome na lista e de votos registrados.
A disputa pela liderança do bloco está entre o tocantinense Eli Borges (PL) e Silas Câmara (Republicanos-AM). Habituada a escolher seu líder por aclamação, a bancada precisou recorrer ao voto após Borges ter negado um acordo para assumir a liderança em 2024, após a regência de Sóstenes Câmara neste primeiro ano.
Deputados que não se inscreveram na lista teriam conseguido votar - o que não é permitido pelo regimento da Câmara. Após bate-boca, alegação de fraude e uma reunião de quatro horas, o processo foi anulado pelo atual presidente, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), sem que o resultado fosse divulgado.
Com a repercussão do assunto na imprensa, a bancada emitiu uma nota de repúdio aos veículos alegando que não há divisão dentro do bloco e que a anulação teria ocorrido por causa de problemas no sistema de assinatura eletrônica da Câmara – o Infoleg-Autenticador, “devido ao grande volume de atividades parlamentares e alterações de senhas de acesso no início desta 57ª Legislatura”, garante o texto da nota.
Nos bastidores especula-se que a anulação e adiamento do processo teriam ocorrido porque o resultado da votação não seria favorável à Silas Câmara.
A assessoria de Eli Borges afirmou que o deputado se mantém candidato à presidência da bancada evangélica.