O aumento do custo do aço e cimento foram os grandes responsáveis pelo aumento do custo médio dos imóveis novos. Quem pretende adquirir imóvel usado também deve se atentar para esse fato, pois o valor do imóvel novo é tido como base para fixação de valor dos imóveis usados.
De acordo com o índice FipeZap+, o valor médio dos imóveis aumentou 6,12% em 2022, alcançando a maior alta nominal desde 2014, quando foi registrado um crescimento de 6,70% devido à elevada demanda por imóveis que ocorreu na época.
De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Wilson Rascovit, quem pretende adquirir um imóvel novo ou usado, mesmo que a operação venha agregar um patrimônio de maior valor, é importante entender que o aumento do custo da compra vai impactar na capacidade de pagamento. “Vale ressaltar que, não havendo recursos próprios para investir, o comprador deverá recorrer a financiamento habitacional”, acrescenta.
Caso a alternativa escolhida seja recorrer a um financiamento, ele explica que, quando se tem uma valorização dos imóveis, os impactos são grandes. “Para conseguir adquirir o bem, o mutuário terá de ter mais recursos em caixa para dar de entrada ou uma folga na renda para comportar uma prestação mais alta por conta do valor a ser financiado”, justifica.
Para quem não puder acompanhar a alta do preço dos imóveis novos e usados, a alternativa para conseguir adquirir a casa própria é fazer um consórcio. “Cujas taxas são mais atraentes que o financiamento habitacional, ou recorrer a leilões que não guardam muita relação com valorização do mercado”, aponta Wilson Rascovit.