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Polí­cia

Foto: Reprodução/Linkedin Foto retirada do perfil  profissional de Martinho na rede social LinkedIn Foto retirada do perfil profissional de Martinho na rede social LinkedIn
  • Dados do CFM confirmam registro do profissional no Tocantins

Continua preso preventivamente no Rio de Janeiro (RJ) o médico radiologista Martinho Gomes de Souza Neto. O profissional, que já atuou no Tocantins, foi preso em flagrante na semana passada após uma paciente o denunciar por abuso sexual durante a realização de um exame.

De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, duas mulheres procuraram a 12ª DP em Copacabana para também denunciar o médico; já na sexta-feira, 3, outras quatro vítimas registraram ocorrência contra martinho. "Os agentes coletam informações e realizam diligências para esclarecimento dos casos", informou a polícia.

pelo menos outras cinco mulheres procuraram a polícia com queixas de abuso sexual contra o radiologista. Consta nos registros do Conselho Federal de Medicina (CFM) que o médico já atuou no Tocantins e Goiás. A polícia investiga se também há denúncias do mesmo tipo nesses estados.

A vítima mais recente, a influenciadora Cris Silva, de 26 anos, relatou ao jornal O Dia que após sua denúncia, outras mulheres, inclusive do Tocantins, a procuraram para relatar abusos cometidos por Martinho.

O caso aconteceu no dia 1º de março em uma unidade da rede Clínica da Cidade, no bairro de Copacabana, Zona Sul do Rio. À polícia, a vítima relatou que procurou a clínica para fazer um exame de mama mas que foi convencida por Martinho a fazer também um exame transvaginal que seria de graça. 

Durante o procedimento, ele teria tocado as partes íntimas da mulher sem luvas e perguntado “se ela estava gostando”. O médico também teria tentado impedir que ela se levantasse da maca e saísse do consultório. Cris relatou que ele encostou uma cadeira na porta para dificultar a saída dela e impedir que funcionários da clínica entrassem.

Duas funcionárias da clínica confirmaram à polícia o comportamento atípico do médico. Ambas relataram que não é comum que médicos realizem os procedimentos sozinhos com as pacientes e que não conseguiram entrar no consultório.

A juíza Rachel Assad da Cunha, que acatou pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro para converter a prisão provisória do médico em preventiva, justificou em sua decisão que há indícios suficientes da autoria do crime de abuso sexual e que Martinho deve ficar detido por representar risco a outras mulheres, uma vez que também atua em outras clínicas.

Em nota, a rede Clínica da Cidade afirmou que o caso foi um “fato isolado” e que prestou amparo à vítima. A empresa também afirmou que faz a averiguação dos profissionais que contrata e que “o profissional em questão estava com os documentos em situação ativa e regular, sem qualquer apontamento de restrições. A unidade nunca recebeu nenhum tipo de denúncia sobre esse profissional, desde sua contratação”, afirma a rede.

A Polícia Civil fluminense informou que Martinho vai responder pelo crime de violação sexual mediante fraude. A reportagem do Conexão Tocantins não conseguiu contato com os advogados que representam o médico. Também solicitamos informações ao Conselho Regional de Medicina do Tocantins (CRM) a respeito da atuação de Martinho no Estado e a possível existência de denúncias semelhantes contra ele por aqui, mas até o fechamento desta matéria não recebemos respostas.