Em sessão do Tribunal do Júri realizada na segunda-feira, 6, no Fórum de Araguaína, o Conselho de Sentença reconheceu a teses de acusação do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e condenou Júnior L. da S. pelo crime de feminicídio.
Ele matou sua companheira, Shirley Rodrigues Segurado, em abril de 2021, em Araguaína, e foi condenado a pena de 23 anos e quatro meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado.
Conforme narrou a acusação do MPTO, o réu e a vítima estavam se dirigindo para casa, quando iniciaram uma discussão. Então, Júnior começou a desferir fortes socos na cabeça e no rosto de Shirley, só parando a agressão após pessoas que estavam no local intervirem.
Com muito sangue no rosto e uma grande hematoma na região esquerda do crânio, ela não conseguiu mais andar, mas foi carregada pelo autor das agressões até a casa deles. Lá, Shirley ficou deitada em um cômodo, agonizando até vir a óbito, sem receber qualquer tipo de auxílio. A causa da morte foi traumatismo cranioencefálico.
A defesa do réu tentou atribuir a ele o crime de lesão corporal seguida de morte, de pena mais branda, porém o Conselho de Sentença reconheceu a tese de feminicídio, sustentada pelo MPTO.
A acusação contra o réu foi sustentada pelo promotor de Justiça, Guilherme Cintra Deleuse, que integra o Núcleo do Tribunal do Júri do Ministério Público do Tocantins (MPNujuri).