A uma semana da Cúpula da Amazônia, que acontece entre os dias 8 e 9 em Belém (PA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância do encontro para discutir o desenvolvimento sustentável da região, criticou o fato de a espécie humana ser a única que destrói seu habitat e reforçou seu compromisso de ajudar a cuidar do planeta.
O presidente brasileiro será anfitrião da reunião de líderes que juntará os oitos chefes de Estado de países sul-americanos que têm parte da floresta amazônica (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela), além de lideranças de outros países, dentre os quais o Congo, a República Democrática do Congo e a Indonésia, donos de grandes florestas tropicais em outros continentes e também fundamentais no enfrentamento das mudanças climáticas.
"Nós vamos cuidar do nosso planeta. Essa é a mensagem. Nós vamos cuidar do nosso planeta. Quem não acredita que as coisas estão ficando feias é só acompanhar o que está acontecendo no mundo. Chove muito onde não chovia, tem seca demais onde não tinha. Faz calor demais onde só fazia frio e faz frio demais onde só fazia calor. Enquanto seres humanos, somos a única espécie capaz de destruir o lugar onde moramos. Como eu não quero destruir, vou tratar de cuidar do planeta junto com vocês".
Lula contou que a Cúpula deverá ter como um de seus resultados a elaboração de uma proposta a ser apresentada ao mundo, pelos países com grandes reservas florestais tropicais, na COP-28, que acontece nos Emirados Árabes em novembro.
O presidente também ressaltou que a Cúpula será antecedida pelos Diálogos Amazônicos, entre os dias 4 e 6, evento com participação popular. Nos Diálogos, representantes dos governos se sentarão à mesa com movimentos sociais e entidades da sociedade civil organizada, num conjunto de oito plenárias para debater soluções para as principais questões relacionadas à preservação da floresta e à sobrevivência de quem nela vive. Os documentos resultantes serão apresentados aos presidentes dos países amazônicos, durante a Cúpula.
"Vai ter encontro popular com mais de cinco mil pessoas participando, de tudo quanto é jeito, movimento popular, cientistas, pesquisadores, ambientalistas. Todo mundo dando palpite para que depois a gente construa uma coisa que seja sólida para apresentar ao mundo", disse. (Secom)