O presidente da Câmara de Palmas, José do Lago Folha Filho (PSDB) saiu em defesa da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, durante a sessão matutina desta terça-feira, 15, após críticas de parlamentares da oposição direcionadas à gestora como forma de desdobramento de ação da Polícia Federal que investiga possíveis irregularidades na contratação de empresas pela Secretaria Municipal da Educação.
De acordo com Folha, com base em afirmações da própria polícia, até o momento não há indícios de que a prefeita Cinthia esteja envolvida no processo. "O secretário envolvido neste fato é ordenador de despesa, ele inicia o processo, o processo anda nos órgãos que orientam e fiscalizam dentro do próprio município e volta para ele. Será que qualquer prefeito, qualquer governador, vai colocar um secretário para que ele possa cometer ato desta natureza? Para que ele possa desviar recurso público? De maneira nenhuma a prefeita Cinthia faria isso", argumentou.
O presidente da Casa falou de medida da prefeita Cinthia que efetuou exonerações de possíveis envolvidos nos crimes apontados pela PF. Na sua visão, a reforma administrativa da gestão mostra o intuito de dar isonomia e condições para que a Polícia Federal investigue. "Ela não exonerou só os secretários. Os diretores que assinaram as documentações foram exonerados também", disse.
Segundo Folha, a prefeita cuida de Palmas e além de dormir pouco, é mãe de família e honrada. "E que cuida dessa cidade 24 horas", afirmou.
José do Lago disse não ter dúvidas de que tudo será elucidado e pediu aos parlamentares da oposição que tenham reflexão sobre suas falas, com coerência. "Não sou líder da prefeita, mas defendo a gestão que ajudei a construir, ajudei a eleger, e tenho a certeza absoluta que a prefeita Cinthia é inocente nesse caso", finalizou.
Operação
A Polícia Federal deflagrou dia 10 duas operações policiais com o objetivo o aprofundamento das investigações relacionadas a contratações de empresas sem licitação, de forma direta, pela Secretaria Municipal de Educação de Palmas/TO, que, em tese, caracterizariam a prática dos crimes de contratação direta ilegal, corrupção e lavagem de dinheiro, segundo informa a Polícia Federal.
Segundo a PF, as investigações começaram a partir de denúncias que levantaram suspeitas sobre contratos irregulares. Um deles envolveu a contratação de uma empresa para fornecer kits pedagógicos para as escolas, sem passar por um processo de licitação. O outro caso foi a da contratação de uma empresa de forma emergencial, também sem licitação, para realizar o transporte escolar de alunos da Zona Rural. Os contratos em questão somam mais de 30 milhões de reais.
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